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Homem do campo tem perfil industrial

Á medida em que se preocupa com a qualidade do produto, com o seu destino e principalmente com a possibilidade de exportar, a figura do ruralista apresenta, cada vez mais, traços de industrial.

Da Redação 08/12/2003 – 04h00 – O perfil do homem do campo há muitos anos vem se modificando. Cada vez mais, a figura do ruralista apresenta traços de industrial a medida que se preocupa com a qualidade do produto, com o seu destino e principalmente com a possibilidade de exportar. Técnicas rústicas de plantio são abandonadas pela grande maioria dos produtores que querem produzir cada vez mais e com mais qualidade.

Um exemplo de produtor que abandonou as antigas práticas e partiu para a industrialização da lavoura é o agropecuarista Rogério Baggio, 41 anos. Nas propriedades dele, nos municípios de Paranavaí e Mirador, Baggio mantém o plantio de soja, laranja, cana-de-açúcar e também a pecuária. Mas nada é feito sem planejamento e sem seguir a tendência da região. Além de investir em alta tecnologia, Baggio explica que está atento ao mercado.

Há três anos decidiu reformar as pastagenas na região do arenito caiuá iniciando o plantio de soja.

Ao igressar no plantio de laranja, Baggio levou em conta a presença da indústria Paranacitrus. “Com a indústria de suco, sabia que teria onde entregar a laranja, por isso iniciei o plantio”, assegura. Para Baggio, o mais importante na agricultura é seguir as recomendações técnicas e contar sempre com a ajuda de um especialista para melhor produtividade.

Mesmo na pequena propriedade, o que se pretende com a fruticultura, conforme Lourenço, é preparar o produtor para que ele se dedique e tenha uma postura diferente não só na hora do plantio, mas também na comercialização do produto. “Pessoas insatisfeitas e que não aceitam as novas técnicas ou idéias, sempre vão existir, mas têm aqueles que querem melhorar de vida; que querem progredir até porque precisam mesmo progredir.” L.P.