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IBGE lança mapa atualizado das aves ameaçadas de extinção

<p>Araras-azuis-pequenas e maçaricos-esquimós desapareceram.</p>

Redação AI (05/09/06)- O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou um mapa em que mostra os Estados brasileiros que são habitats naturais dos remanescentes das 159 espécies e subespécies de aves nacionais ameaçadas de desaparecer. Os dados foram compilados conforme o levantamento mais recente (de 2003) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

As ararinhas-azuis e os mutuns-de-alagoas, por exemplo, que antes ocorriam, respectivamente, na Bahia, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Tocantins e em Alagoas e Pernambuco, hoje só podem ser encontrados em cativeiro. Os casos mais sérios, porém, são os das araras-azuis-pequenas e dos maçaricos-esquimós, que já se encontram totalmente extintos tanto na natureza como em cativeiro. O mapa apresenta, em sua legenda, além da distribuição geográfica, o nome científico e popular das aves, bem como as categorias de ameaça em que elas se encontram.

A versão impressa do mapa “Fauna Ameaçada de Extinção: Aves 2005” pode ser adquirida por R$ 15 nas livrarias do IBGE em todo o país e também na loja virtual do instituto. Também na página do IBGE na internet já é possível acessar o mapa, tanto por meio do link de Mapas Interativos como na parte de Geociências.

Ainda em 2006 o IBGE deve publicar outro mapa com as mesmas características do atual, retratando os 69 mamíferos, 20 répteis e 16 anfíbios ameaçados de extinção; em 2007 está prevista a publicação de um terceiro, contemplando os insetos e outros invertebrados terrestres.

Ao divulgar espacialmente o estado atual da preservação da fauna brasileira, o instituto cumpre parte fundamental da sua missão de retratar o território nacional, auxiliando a orientação de possíveis programas de recuperação das espécies ameaçadas e também despertando a consciência da importância da conservação do meio ambiente. A mais recente lista de animais ameaçados divulgada pelo Ibama (2003) reúne ao todo 394 espécies e subespécies (não incluídos os peixes e invertebrados aquáticos); em 1989, eram 220 espécies, o que significa um incremento de cerca de 80%. No caso das aves, houve um aumento de 46% no número de espécies ameaçadas (eram 109 em 1989 e 159 em 2003).

Os estudos sobre as espécies animais ameaçadas de extinção vêm sendo realizados no IBGE desde o fim dos anos 80, fundamentalmente com base nas listas oficiais do Ibama e complementados por informações levantadas em diferentes instituições de pesquisas e na literatura especializada. Os estudos produzem dados que são armazenados no banco de dados do Cadastro de Fauna, além de nos mapas murais (escala de 1:5.000.000) como o que está sendo lançado agora, comumente usados nas escolas.

O conjunto de espécies animais brasileiras é um valioso recurso e um imenso patrimônio natural, cultural e econômico para o país. Mas tanto a devastação da cobertura vegetal como as formas de extrativismo têm contribuído consideravelmente para sua dizimação, o que significa perda de biodiversidade.

O desaparecimento dos habitats naturais é um dos principais fatores que aceleram o processo de extinção dos animais  ao lado de outros como a caça predatória e a poluição. Além disso, a perseguição a muitas espécies, em especial às de valor econômico ou ornamental e, nesse caso, as aves se destacam, pela beleza de suas plumagens compromete a sua preservação e está diretamente relacionada ao processo de extinção de espécies.