Redação (16/05/06)- O Museu Agropecuário de Goiás foi inaugurado na noite de ontem, no Parque de Exposições da Nova Vila. Criado pela Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), o museu tem o objetivo de resgatar a memória do homem do campo. Ele oferece a seus visitantes uma série de utensílios e objetos de valor histórico dos primórdios da cultura caipira. Alguns destes objetos datam da década de 1960. Lá, também está exposto a primeira colheitadeira usada no Estado e um carro de boi com mais de um século. Essas verdadeiras relíquias foram doadas por agropecuaristas e membros da SGPA espalhados pelo Estado. Todas elas são identificadas com o nome do doador ou a propriedade de onde vieram.
O museu com suas máquinas, implementos agrícolas, móveis rústicos e outros utensílios fica no final da avenida principal do parque agropecuário. Ele ficará permanentemente aberto ao público, mesmo após o término da Pecuária deste ano.
Para o presidente da SGPA, Gilberto SantAnna, o museu representa claramente uma casa de fazenda. Esse Museu Agropecuário possibilita um exercício real das atividades realizadas no campo e os hábitos das pessoas que moravam na roça antigamente, argumenta.
O investimento não custou mais que R$ 40 mil para os cofres da SGPA; a maioria dos gastos foi com mão-de-obra, visto que os objetos apresentados foram todos doados. Entre um leilão e um show popular, o visitante que resolver conhecer o museu não vai pagar nada pela entrada e irá se surpreender com a riqueza de detalhes dos objetos expostos.
Uma das atrações que mais chamam a atenção é uma pequena mercearia, ou vendinha, como era conhecido esse tipo de estabelecimento comercial. Todo o madeiramento interno dela é composto por madeiras centenárias. Dentro dela podemos encontrar uma balança antiga, materiais que eram vendidos nela, e até uma caderno de contas todo envelhecido.
Para o coordenador do museu, José do Carmelo Xavier, além de expor objetos antigos, o Museu Agropecuário vai resgatar parte da história caipira goiana. Muito mais que guardar esses objetos, o museu vai resgatar fragmentos da história da agropecuária de Goiás e revelar a alma do homem do campo, seus hábitos, suas raízes e suas riquezas, complementa.
O projeto contou com o apoio do Instituto do Trópico Subúmido (ITS) da Universidade Católica de Goiás (UCG).