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Incêndio

Incêndios em São Paulo e Goiás: prisão e transtornos marcam o mês de agosto de 2024

Incêndios em São Paulo e Goiás: prisão e transtornos marcam o mês de agosto de 2024

O mês de agosto será lembrado como um dos mais difíceis para o combate a incêndios no Brasil. Em Goiás, um homem foi preso no último sábado (24) após confessar ter iniciado um incêndio num pasto na cidade de Caiapônia. A ação criminosa mobilizou uma força-tarefa composta pelo Corpo de Bombeiros e mais de 50 produtores rurais, que conseguiram apagar as chamas. A identidade do suspeito não foi divulgada pelas autoridades.

Já no interior de São Paulo, a situação também é preocupante. Os incêndios que destruíram a região há mais de uma semana contam com três mortos, 800 desabrigados e deixaram 48 cidades em alerta máximo. A Defesa Civil estadual anunciou, na manhã desta segunda-feira (26), que não havia mais focos ativos de incêndio. Porém, os estragos já são imensuráveis. Entre as vítimas fatais está um homem que tentava apagar o fogo em Icém e dois funcionários de uma usina em Urupês.

O reforço no combate às chamas chegou com o avião KC-390 da Força Aérea Brasileira (FAB), que despejou 12 mil litros de água de uma só vez, além de helicópteros enviados pelo Exército e pela Marinha. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), São Paulo registrou 3.482 focos de incêndio em agosto, quase dez vezes mais que no mesmo mês do ano passado, resultando no pior mês de agosto desde o início das avaliações em 1998.

A destruição é nítida: em Pradópolis, mais de 200 animais morreram, casas e plantações foram destruídas e um assentamento de 360 famílias foi atingido. Em Dumont, o fogo se alastrou rapidamente num canavial chegando até um pátio da Polícia Civil, queimando centenas de veículos. Em Olímpia, mais de 12 mil hectares de canaviais e plantações de laranja e seringueiras foram devastados.

Após quatro dias de combate incessante, a situação acalmou em Ribeirão Preto, na última segunda-feira (26). Mas as consequências desse episódio ficaram por conta da fumaça e a fuligem que continuam a prejudicar milhões de pessoas, resultando no cancelamento das aulas em 11 municípios da região, prejudicando aproximadamente 50 mil alunos.