O índice de preços de alimentos da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou 135,7 pontos em janeiro, 1,5 ponto (1,1%) mais que em dezembro. A alta foi sustentada por óleos vegetais e laticínios, parcialmente compensada pela queda de preços do açúcar, pelo segundo mês consecutivo. As carnes e os cereais permaneceram praticamente estáveis.
Óleos vegetais
O indicador dos óleos vegetais subiu 4,2% em janeiro, a maior alta mensal já registrada, e atingiu 185,9 pontos. Segundo relatório da FAO, as cotações do óleo de palma, da soja, canola e do girassol subiram. “Após uma queda de curta duração, os preços internacionais do óleo de palma se recuperaram, em grande parte sustentados por preocupações com uma possível redução nas exportações da Indonésia. Os preços mundiais do óleo de soja também se recuperaram, apoiados por robustas compras da Índia”, diz o texto. Os preços dos petróleo também serviram como suporte para os óleos.
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Lácteos
No caso dos lácteos, o indicador subiu pelo quinto mês consecutivo – desta vez 3,2%, para 132,1 pontos. Os maiores aumentos foram os do leite em pó desnatado e da manteiga.
Açúcar
No caso do açúcar, houve queda de 3,1% em comparação a dezembro, para 112,8 pontos. Foi a segunda queda mensal consecutiva, e o patamar atual é o menor em seis meses. “A queda foi relacionada às perspectivas favoráveis de produção e ao bom progresso das colheitas em alguns dos principais exportadores, Índia e Tailândia, e chuvas melhores nas principais áreas de cultivo do Brasil”, diz a FAO.
Carnes
O indicador das carnes alcançou 112,6 pontos em janeiro, ligeiramente acima de dezembro de 2021. Os preços da carne bovina atingiram um novo pico, sustentados por uma forte demanda global que superou a oferta de exportação, principalmente do Brasil e da Austrália. Enquanto isso, as cotações da carne suína subiram ligeiramente e os preços da carne ovina e de aves diminuíram.
Cereais
Por fim, a FAO informou que o subíndice dos cereais atingiu 140,6 pontos em janeiro, com aumento marginal (0,1%) em relação ao mês anterior. “Os preços mundiais do trigo caíram 3,1% no mês, com o aumento da oferta sazonal da Austrália e da Argentina”, diz a FAO – que realçou, porém, que a demanda segue firme. A seca no Brasil e na Argentina garantiu aumento de 3,1% nos preços internacionais do milho, completa a entidade.
