O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou média de 127,4 pontos em agosto, alta de 3,9 pontos (3,1%) ante julho, revertendo dois meses seguidos de queda. O resultado mensal, segundo a FAO, foi impulsionado por aumento expressivo nos subíndices de açúcar, óleos vegetais e cereais.
O subíndice de preços dos Cereais registrou média de 129,8 pontos em agosto, alta de 4,3 pontos (3,4%) em relação ao mês anterior e de 30,8 pontos (31,1%) acima do verificado em agosto de 2020.
De acordo com a organização, entre os principais cereais, os preços internacionais do trigo foram impulsionados pelas perspectivas de colheita reduzida nos principais países exportadores, enquanto o milho registrou um ligeiro recuo na Argentina, União Europeia (UE) e Ucrânia, que compensaram os efeitos das estimativas mais baixas no Brasil e nos Estados Unidos.
As cotações do sorgo também cederam em agosto, assim como os preços internacionais do arroz, que mantiveram trajetória de queda. Segundo a FAO, perspectivas de produção de cevada mais baixas, especialmente no Canadá e nos EUA, e as repercussões do aumento dos preços do trigo elevaram os valores internacionais da cevada, acima dos níveis de um ano atrás.
Na sondagem mensal da FAO, o subíndice de preços das Carnes apresentou média de 112,5 pontos em agosto, o que indica leve alta em relação ao mês anterior e também 20,3 pontos (22%) acima de seu valor no mês correspondente do ano passado. Conforme a FAO, no mês de agosto, as cotações internacionais das carnes ovina e bovina subiram, refletindo a demanda em alta, principalmente da China, e a restrição da oferta de animais para abate na Oceania.
Os preços da carne de frango também aumentaram, segundo a FAO. “Refletindo a forte demanda e a limitação de produção em alguns dos principais países exportadores por causa dos altos custos de insumos e escassez de mão de obra”, explicou a FAO. Em contraste, os preços da carne suína caíram em virtude da diminuição contínua nas compras da China e da fraca demanda interna na UE em meio a um leve aumento na oferta de suínos para abate.