Redação (20/10/06) – O país tornou-se a principal linha de frente da luta contra o vírus que matou 55 pessoas na Indonésia, onde milhões de galinhas perambulam livremente pelas zonas residenciais.
Apesar do crescente número de vítimas humanas, o governo resiste em adotar operações de sacrifício em massa dos animais, alegando que tal medida seria custosa demais e impraticável no país de 220 milhões de habitantes, onde a ameaça da gripe aviária é considerada, por muitos, uma prioridade.
“Há leis proibindo a criação de aves nas cidades da Tailândia e em Hong Kong. Vamos ter uma lei do tipo em breve”, afirmou a ministra da Saúde indonésia, Siti Fadilah Supari a repórteres, sem citar datas.
“Acreditamos realmente que os seres humanos precisam ser separados das aves”, acrescentou.
A medida deve encontrar oposição entre os pequenos criadores de galinha que mantêm os animais em seus quintais e que os vendem como forma de suplementar a renda familiar.
O ministro da Agricultura, Anton Apriyantono, disse que várias diretrizes legais estavam sendo elaboradas. “Precisamos impor a lei. Promulgamos decretos determinando que as galinhas criadas em áreas urbanas fiquem dentro de gaiolas”, disse a repórteres.
A gripe aviária matou 151 pessoas em nove países desde 2003, revelam dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Cientistas temem que o vírus da doença adquira, por meio de mutações, a capacidade de passar facilmente de uma pessoa para outra, provocando uma pandemia na população mundial que poderia matar milhões de pessoas.