Redação (06/12/05) – A Villa Germania Alimentos – maior abatedouro de patos e marrecos da América Latina completou em 2005, 10 anos de fundação e comemora em ritmo de expansão. A empresa reúne clientes, fornecedores e colaboradores neste sábado, 3 de dezembro, às 10h30, para apresentar a primeira fase da implantação de seu novo parque industrial, localizado na cidade de Indaial/SC. Um projeto arrojado, desenvolvido de acordo com as normas internacionais de segurança alimentar e ambiente de trabalho, adequado às mais altas exigências dos mercados importadores, especialmente a Europa.
O projeto de expansão da Villa Germania está dividido em duas etapas. Nesta primeira, com a construção de 4,8 mil metros quadrados, o investimento foi de R$ 8 milhões, elevando a capacidade produtiva da empresa de 300 mil para 2 milhões de aves abatidas por ano.
Entre 2007 e 2009 será implementada a segunda etapa do projeto, com novos investimentos de R$ 3 milhões, incluindo ampliação do quadro de produtores integrados (passando dos 35 atuais para 90), estrutura de matrizeiros e incubatório. Com isso vai dobrar o volume de produção para 4 milhões de aves/ano. O número de colaboradores deverá passar de 320 para 600 com a implantação de segundo turno de trabalho.
Exportação com marca Sadia
De acordo com os diretores da Villa Germânia, André Grutzmacher e Marcondes Moser (engenheiros agrônomos formados pela UFSC), a expansão está prevista no planejamento estratégico da empresa, que desde 2003 vem apostando na conquista de mercados externos e na ampliação do mercado interno.
Em 2004 a Villa Germania assinou contrato de parceria com a Sadia para exportação de patos inteiros e em cortes. Pelo contrato, a Villa Germania produz de acordo com os padrões dos mercados clientes e a Sadia exporta os produtos com a sua marca.
Desde maio de 2004 a Villa Germania já colocou no mercado asiático mais de mil toneladas de carne de pato, sendo 90% desse volume para o exigente mercado japonês. A partir de 2006, com a ampliação do parque industrial, as atenções se voltam para o mercado europeu, segundo maior consumidor mundial de carne de pato.
Faturamento
Os novos mercados mundiais têm sido os grandes propulsores do sucesso da Villa Germania. A empresa que vinha num histórico de crescimento de 20% ao ano deu um salto desde 2004 (faturamento 50% superior a 2003). A empresa fechará o ano de 2005 com faturamento de R$ 11 milhões (quase o dobro do ano anterior) e tem expectativa de dobrar os resultados em 2006. A previsão de faturamento ao final do projeto de expansão, em 2009 é de R$ 60 milhões /ano.
Infra-estrutura
A Villa Germania Alimentos produz patos a partir de matrizes importadas da França e Inglaterra, considerados os melhores do mundo na seleção genética da espécie. Mantém matrizeiro em área isolada, de acordo com as mais rigorosas normas de bioseguridade, com plantel de 20 mil aves alojadas. O incubatório próprio e totalmente automatizado têm capacidade para criar 8 mil patinhos por dia. Na segunda etapa do projeto de ampliação da empresa os números do matrizeiro e do incubatório irão dobrar.
A engorda dos animais é feita por produtores integrados distribuídos no Vale do Itajaí e Planalto Norte catarinense. Até o final do projeto mais de 90 famílias estarão integradas ao processo produtivo da empresa. A Villa Germania mantém contrato de terceirização com a recém inaugurada fábrica de rações da empresa Máster Agropecuária na região do Planalto Norte, onde até o final do projeto serão produzidas mais de 40 mil toneladas/ano, exclusivamente para a demanda da empresa.
Como tudo começou
O marreco recheado com repolho roxo é o prato típico da cultura germânica do Vale do Itajaí (ou Vale Europeu). Porém, a dificuldade de encontrar a ave no mercado e a informação de que mesmo os restaurantes e as festas típicas tinham oferta menor que a demanda em períodos de grande consumo – levou o empresário André Grützmacher a investir na profissionalização da criação de marrecos, fundando a Villa Germania.
A empresa nasceu para atender a demanda local da colônia alemã pela carne de pato e hoje é a maior produtora da América Latina, reconhecida nacionalmente pela qualidade de seus produtos, modernidade de seus processos e inovações de seus lançamentos.
Apesar do status da posição, quase toda a produção vai para o mercado externo, porque no Brasil o consumo de pato ainda é restrito a 13 gramas por habitante ao ano.
Na China, por exemplo, o consumo é de 1,5 quilo por ano e na Europa chega a 1 quilo/habitante/ano. A carne de pato também é bastante consumida nos Estados Unidos e pelos árabes, em países como Egito e Arábia Saudita.
Na culinária típica, a Villa Germania está presente no Pato ao Tucupy do Pará ao Marreco Recheado com Repolho Roxo de Santa Catarina, com passagem pela alta gastronomia internacional, com o Canard a LOrange francês e o Pato Laqueado chinês.
Pato ou marreco?
A quem pergunta qual a diferença entre pato e marreco, a resposta é: nenhuma.
O marreco nada mais é que uma espécie de pato o Pato de Pequim, principal ave produzida e abatida pela Villa Germania. Só tem o nome de marreco na região do Vale Europeu, devido a costumes dos colonizadores. Nas demais regiões do país é conhecido mesmo como pato.
Além do Pato de Pequim a Villa Germania tem o Pato Barbarie, usado apenas como matriz para a cruza com o Pato de Pequim para obter o híbrido Pato Mulard.
O Mulard é um animal vigoroso e grande, próprio para produzir o Foie Gras. Em função do tratamento especial que recebe, o peito (magret) e a coxa do Mulard possuem um maior valor de mercado. A Villa Germania produz o sofisticado Foie Gras, assim como a exótica Galinha dAngola principalmente para atender a demanda de restaurantes de alta gastronomia e empórios brasileiros especializados.
Villa Germania
Fundação: 1995
Instalações:
230 mil metros quadrados de área de terreno
4,8 mil metros quadrados de nova área industrial (abatedouro)
6 mil metros quadrados de área total construída
Capacidade produtiva:
2 milhões de aves/ano na primeira etapa (2005)
4 milhões de aves/ano na segunda etapa (2009)
Investimentos:
R$ 8 milhões na primeira etapa
R$ 3 milhões na segunda etapa
Financiamento:
BRDE
CEF
ABN Amro Bank
Distribuição dos produtos:
Mercado Interno 40% da produção (pato congelado, pato temperado, marreco recheado e marreco sem recheio).
Mercado Externo 60% da produção (90% das exportações são de cortes e 10% de patos inteiros).
Força de vendas no mercado interno:
21 Distribuidores
9 Representantes
1034 Clientes Ativos (pontos de venda)