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Mercado Interno

Instabilidade política preocupa agronegócio

Demissão de Wagner Rossi pode resultar em atraso de negociações do RS. Presidente da Farsul é taxativo: o calendário agrícola não pode esperar.

Instabilidade política preocupa agronegócio

Poucas horas antes de o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, pedir demissão do cargo, a instabilidade política envolvendo a Pasta e os possíveis prejuízos para o agronegócio já eram assunto de reunião de diretoria da CNA, em Brasília. Se antes a preocupação colocava o setor em alerta, a carta de demissão de Rossi representou uma ameaça a inúmeros projetos capitaneados pelos gaúchos em Brasília. Apesar da indicação do secretário Gerardo Fontelles para assumir interinamente a Pasta e do convite feito ao gaúcho Mendes Ribeiro, lideranças de pequenos e grandes produtores temem o atraso em negociações importantes, como o endividamento agrícola e a implantação do Plano Safra.

Apesar da instabilidade que a transição pode gerar, o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, é taxativo: o calendário agrícola não pode esperar. “Quando sai alguém que está entrosado, há expectativa de período de ajuste. Vamos aguardar e, se necessário, contribuir.” O coordenador da Fetaf-Sul, Celso Ludwig, teme que as denúncias envolvendo a Conab também atinjam a execução de políticas para a agricultura familiar, como o PAA.

Preocupação também entre os arrozeiros que dependem de políticas do ministério para enfrentar a crise de preços. “Estamos em um ano difícil e essa situação tira o foco da solução dos problemas da cadeia produtiva.” O presidente do Simers, Claudio Bier, pontua que as mudanças sempre “causam certa paralisação”. No entanto, frente às denúncias de corrupção, a troca de comando é vista por muitos como positiva. “Nós prezamos pela transparência. Se algo está errado, tem que corrigir”, disse o vice-presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva.