O Instituto de Zootecnia (IZ/APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA), comemora, em 15 de julho, 110 anos de pesquisa a serviço das cadeias de pecuária de corte e de leite, promovendo o desenvolvimento científico e tecnológico para melhoria da produtividade e da qualidade do produto animal. Neste ano de 2015, o aniversário do Instituto de Zootecnia é marcante para a história da pecuária brasileira, a Instituição comemora os 85 anos da antiga Estação Experimental de Zootecnia, atual Centro de Pesquisa de Bovinos de Corte, os 75 anos do Boletim da Indústria Animal, revista pioneira na área de ciência animal e o nascimento da 35ª. Progênie do Programa de Melhoramento Genético do Instituto de Zootecnia, programa que coloca o Instituto como maior fornecedor de genética de animais da raça Nelore.
As comemorações iniciaram na Agrishow, com o pré-lançamento dos Programas Institucionais e terão o auge com o nascimento da 35ª. Progênie e o Leilão Anual de Reprodutores e Matrizes do Instituto de Zootecnia que ocorrerão no mês de setembro.
Com unidades de pesquisa localizadas entre os municípios de Americana e Nova Odessa e com o Centro de Pesquisa em Bovinos de Corte em Sertãozinho (SP), seus centros são contemplados com excelente infraestrutura para o desenvolvimento de pesquisas em parcerias com instituições públicas e privadas, além da prestação de serviços e capacitação de recursos humanos.
Com mais de um século de trabalho pela pecuária, visando elevar a produtividade, a eficiência e o bem estar animal, o IZ é pioneiro na pesquisa científica mundial com a raça Nelore. A Instituição destaca-se pela geração de uma série de benefícios ao meio científico, ao meio técnico e aos criadores – pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e serviços à disposição do Agronegócio Paulista. Nesse período destacam-se estudos com gramíneas e leguminosas forrageiras tropicais, melhoramento genético de bovinos de corte, sistemas de produção em ovinocultura, qualidade do leite.
Atualmente, com a implantação do “Programa de Produção Animal em Sistemas de Integração” e do “Leite Mais” e continuidade do “Programa de Seleção Para Peso ao Sobreano”, que tem como objetivo gerar conhecimento para os diversos sistemas de produção de leite e de corte, o IZ mantém seu compromisso com a Sustentabilidade e Inovação na Produção Animal. “Os resultados desses programas manterão o IZ na vanguarda dos cenários dos sistemas de produção sustentáveis”, destaca a pesquisadora e diretora do IZ, Renata Branco Arnandes.
Desde a década de 50 o IZ desenvolve pesquisas científicas com bovinos e o curso da evolução dessas pesquisas foi marcado pelo estudo pioneiro e fomento de inúmeras tecnologias, destacando a primeira prova de ganho de peso de bovinos de corte; primeira seleção do gado Caracu; a introdução no Estado de São Paulo de raças europeias leiteiras especializadas; seleção de raças indianas, como o Gir leiteiro e os cruzamentos entre zebuínos e taurinos para obtenção de raças mais rústicas e produtivas; inseminação artificial em bovinos sob melhoramento genético; introdução do controle leiteiro no estado de São Paulo; implantação do programa de melhoramento genético de animais da raça Nelore; implementação da seleção para consumo Alimentar Residual (CAR) de bovinos da raça Nelore; e primeiro centro de pesquisa a implantar um sistema de alimentação automática (Growsafe).
O IZ interage significativamente com os arranjos produtivos locais, seja com empresas ou produtores rurais. Destacam-se, projetos conjuntos com empresas de inseminação artificial, de produção de sementes, de medicamentos veterinários, de produção de insumos, assessoria a pequenos produtores rurais, cursos práticos e dias de campo, notadamente na área de ovinocultura, comercialização de sêmen e embriões de animais oriundos do Programa de Melhoramento Genético do IZ, atualmente em grande destaque institucional.
O material genético proveniente dos rebanhos do Instituto de Zootecnia é disponibilizado aos diversos criadores em todas as regiões brasileiras, por meio de sêmen, embriões, reprodutores e matrizes.
“O IZ desenvolve projetos de pesquisa de relevância não somente para o Estado de São Paulo, como para o País – muitos dos materiais genético animal e de plantas forrageiras, utilizados nacionalmente, foram resultados das pesquisas realizadas no Instituto, mantendo o banco ativo de germoplasma de plantas forrageiras (BAG), sendo o único em diversidade de espécies forrageiras tropicais da América Latina.um dos Bancos de Germoplasma”, afirma Renata Branco Arnandes.
Os projetos de pesquisas do IZ atendem as demandas da sociedade e a Programas de Governo do Estado de São Paulo, visando o desenvolvimento do Agronegócio Paulista, como incremento da competitividade das Cadeias de Proteína Animal; estímulo à Expansão de Agronegócios Especiais; e desenvolvimento do Agronegócio Familiar.
Pós-graduação – Ainda mantém o curso de mestrado, nível stricto sensu, em ‘Produção Animal Sustentável’, com três linhas de pesquisa direcionadas para profissionais das áreas de zootecnia, medicina veterinária, agronomia, biologia, bioquímica e outras afins, para proporcionar conhecimentos com vistas à produtividade animal, à qualidade do produto e aos impactos ambientais dessas atividades.
Com uma equipe Pós-Doutores, Doutores e Mestres, que auxiliam e oferecem à sociedade produtos e tecnologias inovadoras relacionadas às plantas forrageiras tropicais, bovinos de corte e de leite, ovinos e suínos. Tem despendido ao logo de sua existência, grande esforço no aprimoramento de suas ações nas áreas de ciência, tecnologia e inovação na produtividade animal.
História do IZ – Referência nacional e internacional por suas pesquisas científicas nas áreas de produção animal e pastagens, o Instituto teve a contribuição, extremamente marcante e eficaz, do Doutor Carlos Botelho, que ocupava o cargo de Secretario de Agricultura, que em 15 de julho de 1905 criou, na Móoca em São Paulo, o Posto Zootécnico Central, permanecendo até 1929 e depois transferido para o Parque da Água Branca.
Em 1909, o Instituto já realizava as primeiras seleções de Gado Caracu, na Fazenda de Seleção do Gado Nacional, em Nova Odessa (SP).
Em 1970 foi transformado em Instituto de Zootecnia, adaptando-o às necessidades exigidas pela grande expansão que vinha alcançando a produção animal nas últimas décadas. De 1970 a 1975, a sede permaneceu no Parque da Água Branca, transferindo-se então para o município de Nova Odessa (SP).