Conforme os dados divulgados nesta segunda-feira (25/11), pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os insumos continuam registrando elevações nas praças acompanhadas por seus agentes.
No caso do milho na última sexta-feira, 22, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), fechou a R$ 46,42/saca de 60 kg, o maior valor nominal deste ano. O movimento de elevação segue atrelado à demanda aquecida. Muitos compradores consultados pelo Cepea mostram necessidade de recompor estoques, mas têm dificuldades em encontrar grandes lotes. Com isso, esses agentes acabam cedendo a patamares maiores de preços. Já vendedores estão afastados do spot, na expectativa de preços maiores nas próximas semanas.
As chuvas da semana passada favoreceram o avanço do semeio da soja em muitas regiões acompanhadas pelo Cepea e a finalização das atividades em Mato Grosso e no Paraná. O início tardio do cultivo da oleaginosa, no entanto, deve atrasar um pouco a colheita e, consequentemente, o semeio da segunda safra, especialmente no caso do milho.
Fundamentados nesse possível atraso da entrada da safra 2019/20, sojicultores consultados pelo Cepea seguem retraídos nas vendas, à espera da continuidade das altas, até pelo menos o primeiro trimestre de 2020. Além disso, as incertezas quanto ao acordo comercial entre os Estados Unidos e a China resultaram em aumento dos prêmios e dos preços no Brasil, tendo em vista que esse cenário favorece as exportações nacionais.
De acordo com pesquisas do Cepea, o avanço nos valores domésticos também está atrelado à expressiva depreciação do Real frente ao dólar, que tende a atrair importadores para o Brasil. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá fechou a R$ 90,69/saca de 60 kg nessa sexta-feira, 22, elevação de 0,5% em relação ao dia 14. O Indicador CEPEA/ESALQ Paraná subiu 0,9% entre 14 e 22 de novembro, finalizando a R$ 85,40/saca de 60 kg na sexta.