Redação AI 09/06/2003 – Após quatro anos de planejamento e incentivo à criação, a empresa Ave Santa Avestruz, em parceria com o governo estadual, produtores, técnicos, indústrias e distribuidores, vai construir nos próximos dois anos o segundo abatedouro próprio de avestruz no País, com capacidade para até 200 cabeças/dia. O empreendimento será edificado no pólo industrial de Aparecida de Goiânia, em área já aprovada pela administração municipal.
Uma das pioneiras na criação de avestruz em Goiás, a Ave Santa está intensificando também o processo de integração de produtores, que atuarão em parceria como forma de viabilizar o abate regular de aves para produção de carnes, plumas e couro. De início serão 20 produtores integrados que cuidarão da terminação, com base nos parâmetros de nutrição, sanidade e manejo definidos pela Ave Santa, que também fornecerá filhotes de três meses para recria, cujos animais serão devolvidos para abate quando completarem idade média de um ano.
De acordo com Márcia Melo, proprietária da Ave Santa e presidente do Núcleo de Criadores de Ratitas do Centro-Oeste (Nucrir-CO), essa nova modalidade de participação do produtor na estrutiocultura será um processo simplificado e de resultado financeiro mais rápido, tornando-se alternativa de rentabilidade para os integrados. Os primeiros lotes de animais terminados serão abatidos em frigoríficos de bovinos, com Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura.
Passos importantes
Márcia Melo argumenta que a integração dos criadores e a instalação do abatedouro são passos fundamentais para o fechamento da cadeia produtiva, o que significa também a consolidação da atividade no Estado. A meta é dobrar o número de integrados em curto espaço de tempo, de modo a atender os contratos que já são fechados com o mercado interno e externo. Neste processo, todos os elos da cadeia terão a garantia de escoamento da produção, com ganhos para todos os elos.
Com a construção do abatedouro, que começa nos próximos meses, novas oportunidades de emprego e renda serão criadas. Segundo Márcia Melo, por meio de ações articuladas com órgãos públicos e privados já houve algumas conquistas como redução de ICMS, participação em projetos de nutrição, qualificação de profissionais técnicos para o setor e encaminhamento de pedidos de crédito ao Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO).