Os investimentos em energia solar em Mato Grosso do Sul chegaram ao patamar de R$ 2,5 bilhões, conforme informou a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaicas). A potencia atual é de 466,9 MW (Megawatt).
De janeiro a outubro de 2021, os investimentos chegaram a R$ 1,4 bilhão, enquanto no mesmo período deste ano passou para os atuais R$ 2,5 bilhões, ou seja, aumento de R$ 1,1 bilhão ou 78,57% em um ano. Se comparar a arrecadação, também houve disparada.
No ano passado foram R$ 460,8 milhões, e neste ano passou para R$ 781,9 milhões. Neste caso, a alta foi de 69,67%. Em se tratando de empregos, foram gerados 14.007 postos de trabalho, somente de janeiro a outubro de 2022.
De acordo com o sócio-diretor da Brasol, soluções solares para empresas, Luis Fernando Miyazaki Namba, o investimento para a instalação pode variar de R$ 15 mil a milhões, dependendo da quantidade de energia que se quer gerar.
Como exemplo, ele citou que para uma residência que gasta até R$ 400 de energia, o investimento médio é de R$ 20 mil. Esse modelo pode proporcionar até 98% de economia na conta de luz. “Mesmo que abata tudo, ainda há a taxa mínima de consumo e iluminação pública.
Por isso que quem paga muito próximo ao mínimo, não é recomendado o investimento, pois não terá retorno financeiro viável”, explica. Unidades no Estado – Segundo dados da Energisa, ao todo no Estado são 50.408 GD (Geração Distribuída de Energia). Em 2018, eram 468 unidades; no ano seguinte passou para 2.213; 2020, 11.716; 2021, 16.550; e em 2022, 19.729.
Na visão do diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios e Tecnologia da (re)energisa, Gustavo Buiatti, o motivo principal das novas adesões a cada ano, é a economia que essa modalidade proporciona. A (re)energisa é a marca de soluções energéticas do Grupo Energisa.
“O motivo principal acaba sendo a possibilidade do cliente passar a ter uma economia na sua conta de energia. Para aquele que tem crédito, que está capitalizado e que quer investir diretamente, ele compra o sistema próprio. E para aquele que não quer um investimento, surge um modelo bastante inovador, que é a assinatura solar”, comenta.
Em relação aos prós e contras, Buiatti diz que só vê vantagens. “Primeiro ponto que a gente tem que deixar bem claro é que a gente não deixa a energia elétrica da distribuidora. Ela é o grande viabilizador da tecnologia, poque ela que tem a infraestrutura que tem o fio para que essas soluções, independente se é solar, se é biogás, se é eólico, se sincronizar e trabalhar em sintonia com a rede elétrica”.
“O ponto positivo é a possiblidade de ter economia e de participar dessa transição energética, em um momento que tanto tem se falado de aquecimento global, redução de emissão de CO2. Eu não diria que tem nenhum ponto negativo, porque a infraestrutura continua à disposição. Muito pelo contrário, eu vejo só ponto positivo para o cliente, que é a possibilidade economizar e de garantir que ele está usando um a energia limpa”, completa. Casa com instalação de energia solar, em Campo Grande.
Instruções
Segundo o consultor da Insight Consultoria, Cesar Sena, qualquer segmento que tenha consumo de energia elétrica a partir de R$ 300 ao mês, pode fazer a instalação. “Isso já torna o investimento viável. Abaixo desse valor a prazo de retorno do valor investido é muito longo e não seria interessante a instalação”, destaca.
Antes de instalar, Sena orienta para que seja verificado o consumo médio mensal para dimensionamento da usina solar; analisar também as condições da rede de energia do local onde será instalado; se o espaço físico onde serão instaladas as placas é suficiente para comportar as placas necessárias para a geração da energia desejada. Além de outros aspectos técnicos que são definidos por ocasião da visita dos técnicos responsáveis pela instalação.
Em Mato Grosso do Sul existe o FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste) que apresenta juros bem competitivos no mercado. “A Insight Consultoria em Negócios é especialista em projetos para o FCO e tem em seus quadros profissionais competentes, sendo a maioria ex-administradores do Banco do Brasil, possuindo vasta experiência na condução desses negócios”, finaliza o consultor.