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Economia

IPCA de maio supera expectativas e atinge 0,46%, impactado por aumentos em saúde, alimentação e habitação

IPCA de maio supera expectativas e atinge 0,46%, impactado por aumentos em saúde, alimentação e habitação

A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apresentou uma alta de 0,46% em maio, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11/6). Esse resultado ficou acima da mediana das expectativas do mercado financeiro, que projetava uma elevação de 0,41%, com previsões variando entre 0,32% e 0,46%.

No acumulado do ano, o IPCA registra um aumento de 2,27%. Nos últimos 12 meses, a inflação atingiu 3,93%. Em comparação, maio de 2023 apresentou uma variação de 0,23%, demonstrando uma aceleração significativa neste ano.

O IPCA já havia mostrado sinais de aceleração nos meses anteriores, com alta de 0,38% em abril e de 0,16% em março, ambos acima das expectativas do mercado. Em maio, essa tendência se manteve, refletindo pressões inflacionárias em diversas categorias.

Impacto das chuvas no Rio Grande do Sul

A inflação na região metropolitana de Porto Alegre acelerou de 0,64% em abril para 0,87% em maio, o maior índice entre as áreas pesquisadas pelo IBGE.

Essa alta está relacionada, em parte, às consequências das fortes chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul recentemente.

Principais influências: Saúde, Alimentação e Habitação

Dos nove grupos de produtos e serviços analisados, oito apresentaram alta em maio. O grupo Saúde e Cuidados Pessoais liderou com uma variação de 0,69%, contribuindo com 0,09 ponto percentual no índice geral. Alimentação e Bebidas subiu 0,62%, e Habitação aumentou 0,67%, contribuindo com 0,13 e 0,10 pontos percentuais, respectivamente.

Saúde e cuidados pessoais

Dentro do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, os planos de saúde registraram uma alta de 0,77%, enquanto os itens de higiene pessoal subiram 1,04%.

Alimentação e bebidas

No grupo Alimentação e Bebidas, a alimentação no domicílio teve um aumento de 0,66%, com destaques para a batata inglesa (20,61%), cebola (7,94%), leite longa vida (5,36%) e café moído (3,42%). A alimentação fora do domicílio aumentou 0,50%, com o lanche acelerando de 0,44% para 0,78% e a refeição subindo 0,36%.

Habitação

O grupo Habitação teve uma alta de 0,67%, impulsionada pelo aumento de 0,94% na energia elétrica residencial e de 1,62% na taxa de água e esgoto, devido a reajustes tarifários em várias regiões metropolitanas.

Transporte

O grupo Transportes registrou um aumento de 0,44%, influenciado por uma alta de 5,91% nas passagens aéreas.

Entre os combustíveis, apenas o gás veicular apresentou queda de 0,08%, enquanto o etanol subiu 0,53%, o óleo diesel avançou 0,51%, e a gasolina teve uma alta de 0,45%. A tarifa do metrô aumentou 1,21%, refletindo o reajuste de 8,69% no Rio de Janeiro.

Fonte: Valor Investe