Em comunicado enviado à imprensa na tarde desta terça-feira (18), a Languiru divulgou que seu presidente, vice-presidente e os conselheiros de administração da cooperativa renunciaram aos seus mandatos eletivos. “Com isso, a superintendência administrativa, comercial e financeira, bem como a superintendência industrial e de fomento agropecuário passam a responder temporariamente pela Languiru”, diz o documento.
Ainda de acordo com o comunicado, a cooperativa “convoca para Assembleia Geral Extraordinária (AGE), que ocorrerá no dia 29 de abril, em terceira e última convocação às 8h30, junto à Associação dos Funcionários da Languiru, em Teutônia (RS). Entre as ordens do dia da AGE, haverá eleição e posse dos novos membros do Conselho de Administração, com mandato até a próxima Assembleia Geral Ordinária (AGO), que ocorrerá em 2024”.
Languiru em 2023
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Desde o início deste ano, a Languiru vem enviando comunicados que deixam claro o momento delicado que vem atravessando.
No dia 30 de março deste ano, seus associados a sequência das negociações para formação de parceria com o grupo chinês ITG Tianjiao e TJJT. O acordo, autorizado por quase a totalidade dos votos, após longo debate na assembleia geral ordinária da empresa, previa a venda do controle das operações de aves, suínos, bovinos e rações, como estratégia global do grupo estrangeiro com atuação no ramo de alimentação, e foi considerado vital para dar fluxo de caixa e recompor as dívidas da cooperativa.
Na época, a cooperativa já somava R$ 1 bilhão junto à agentes financeiros, fornecedores e prestadores de serviços.
Languiru em 2022
Em agosto de 2022, a cooperativa não demonstrava uma possível crise e anunciava a comercialização de seus produtos para o Brasil e para mais de 40 países da América Latina, Ásia África e Oriente Médio. Em 2021, a cooperativa registrou um volume de negócios no mercado externo na casa R$ 106,8 milhões e se posicionava no mercado exportador com um mix cada vez mais qualificado e de valor agregado.
