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Cooperativa

Lar projeta faturamento bruto 27% maior em 2022

Para 2023, o presidente da Lar diz que os efeitos deletérios verificados em 2021 e 2022 - pandemia e guerra na Ucrânia, que desencadearam alta de preços de insumos agropecuários e gargalos logísticos - já foram mais bem absorvidos. 

Lar projeta faturamento bruto 27% maior em 2022

A cooperativa Lar, de Medianeira (PR), projeta faturamento bruto 27% maior em 2022, de R$ 21,59 bilhões, ante R$ 17 bilhões de 2021, disse hoje, no programa de rádio da própria instituição, o presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues. “A Lar cresceu 27% em 2022 (em relação a 2021), o que é um feito importante, embora menor do que esperávamos”, prosseguiu ele, justificando que o avanço aquém da expectativa se deve a quebras de safra de grãos em 2022. “Em 2021 tivemos safras cheias (de soja e milho), o que não aconteceu neste último ano; chegamos a ter 80% de quebra na safra de soja (na região).” Assim, segundo ele, “o resultado contábil deve ser um pouco menor do que no ano anterior e um pouco abaixo do que foi projetado”.

Rodrigues disse que, para fazer frente ao faturamento mais baixo, a cooperativa conta com reservas, que serão usadas em parte para a Lar fechar o balanço de 2022 “dentro do que estava projetado”. “Então, teremos um faturamento muito bom e um resultado bom.”

Para 2023, o presidente da Lar diz que os efeitos deletérios verificados em 2021 e 2022 – pandemia e guerra na Ucrânia, que desencadearam alta de preços de insumos agropecuários e gargalos logísticos – já foram mais bem absorvidos. “Também se espera uma safra cheia de grãos este ano, ao contrário do ano passado, quando tivemos perdas importantes”, complementou. “Mas, agora, estamos em fase de juros altos e a suinocultura e a avicultura ainda estão realizando um certo prejuízo.” Assim, mesmo que Rodrigues considere um início de ano “um pouco ruim”, tende a melhorar, quanto a custos, com a safra cheia de soja.

Entre os investimentos previstos pela Lar em 2023, há um relacionado à energia e a garantir lenha proveniente de plantios de eucalipto para aquecer as granjas de aves. “Não temos lenha suficiente na região, então precisamos trabalhar juntos, cooperativa e associados, para suprir essa necessidade de energia.” De resto, Rodrigues avalia que importantes investimentos já foram feitos pela Lar nos últimos anos.