Após uma disputa de três horas, chegou ao fim o leilão A-5, que negociou um total de 165.233.059,200 MWh de energia que viabilizou a adição de 1.265 MW em capacidade instalada. O preço médio de venda ficou em R$ 124,97 por MWh. Esse valor corresponde a um deságio de 11,13% sobre o valor de R$ 140 por MWh, preço-teto para todos os empreendimentos, excluindo a UHE Sinop (MT – 400 MW) que vendeu energia a R$ 109,40 por MWh, deságio de 7,29% sobre o preço-teto de R$ 118 por MW.
Apesar de ter sido habilitado ao leilão, nenhuma térmica a carvão fechou contratos de venda de energia. Apenas biomassa vendeu com nove projetos, sendo sete a bagaço de cana e dois a cavaco de madeira, os primeiros nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, enquanto que o cavaco ficou nos estados do Piauí e Bahia.
A fonte hidráulica teve 10 novas usinas. A maior delas a de Sinop, ficou com o consórcio CES, que vendeu 2.158 lotes e registrou o menor preço do leilão. No total, o país terá mais 618,483 MW em novas usinas de fontes hídricas. Serão oito novas PCHs e uma nova usina hidrelétrica UHEP Apiacás (MT – 45MW).
O volume de energia negociado corresponde a um giro financeiro de R$ 20,649 bilhões. A garantia física contratada ficou em 748,7 MW médios. Ao total, 34 distribuidoras comprarão energia. Dessas, as maiores compradoras foram a Celpa com 14,586 milhões de MWh, Copel com 11,851 milhões de MWh e Cemat com 11,261 milhões de MWh. A Abrapch entrou com pedido de liminar para tentar suspender o leilão, alegando concorrência desleal entre as fontes, mas a Advocacia Geral da União conseguiu manter a realização do certame.