Após terem obtido grandes resultados no ano passado, os maiores produtores de suínos da China deverão informar que houve uma queda brutal nos lucros do 1º trimestre deste ano. Os motivos para os resultados desanimadores são o aumento no preço da ração, a pressão pela queda no preço dos animais, o registro de doenças e o mau desempenho com porcas matrizes.
Na verdade, apesar de 2020 ter sido um ótimo ano para os produtores de suínos da China, o quarto trimestre já havia demonstrado uma quede que se acentuou no primeiro trimestre de 2021. Os preços dos suínos caíram 40% pelo fato dos produtores terem se apressado para liquidarem seus rebanhos devido a uma onda de doenças e pela demanda de carne suína em virtude do feriado do Ano Novo Lunar, mas a procura decepcionou.
O Tech-bank Food Co Ltd informou que a queda de seus lucros pode ficar entre 50% e 60% e que o abate de porcas e porcos mais novos reduziu a margem nas vendas de suínos vivos. Em nota, a empresa explicou: “Entre os suínos abatidos no primeiro trimestre, houve uma grande parcela de porcas que foram eliminadas antecipadamente para aumentar a eficiência e também os de engorda abatidos precocemente para evitar a epidemia”.
As gigantes Jiangxi Zhengbang Technology e New Hope Liuhe (respectivamente 2º e 4ª produtoras locais) também informaram sobre redução em seus lucros.
A New Hope atribuiu a culpa dos preços mais baixos dos suínos, aos custos mais elevados com a ração e ao aumento nos gastos devido à peste suína.
A Zhengbang surpreendeu seus investidores ao afirmar que seus lucros devem ser 77% menores em relação ao mesmo período do ano passado. A empresa afirmou ainda que o abate de 350 mil porcas “de baixa eficiência” resultou em um impacto relativamente grande.
A única que parece ter motivos para comemorar na China é a Muyuan Foods, líder no setor, que está prevendo um aumento de 60% nos lucros no primeiro trimestre em comparação anual.