O setor de máquinas e equipamentos agrícolas do Brasil pode enfrentar uma queda de 10% a 15% em 2024, segundo previsão preliminar do presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estevão Bastos. Embora não haja um número oficial, a expectativa é que a reunião da câmara na próxima semana resulte em uma projeção mais precisa.
Em relação aos resultados de 2023, a receita interna com a venda de máquinas agrícolas registrou uma queda de 23,2%, totalizando R$ 63,791 bilhões. Bastos destacou que a queda já era esperada, mas ressaltou que ela começou desde janeiro. A pressão sobre o mercado foi influenciada pela redução nos preços das commodities e pelas taxas de juros consideradas elevadas.
A perspectiva para as vendas de máquinas deteriorou-se ainda mais em novembro e dezembro devido à seca, que sinaliza uma quebra de safra. Isso resulta em um viés baixista para 2024 em comparação com 2023. Analistas da consultoria Safras & Mercado projetam uma queda de 4% a 5% na produção de soja do Brasil em 2023/24, com Mato Grosso enfrentando uma previsão de quebra de cerca de 26%.
Quanto às vendas internas de tratores, houve uma queda de 12,9% no acumulado de 2023 em comparação com o ano anterior, totalizando 53.840 unidades. A venda de colheitadeiras também teve uma redução de 18,6%, passando de 8.816 unidades em 2022 para 7.178 em 2023.