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Carne de frango

Mercado de frango quer recuperação após desempenho ruim em novembro

Mercado de frango aposta todas as fichas no último mês do ano para tentar recuperar preços e apresentar uma retomada das exportações em melhores níveis

Mercado de frango quer recuperação após desempenho ruim em novembro

Após encerrar novembro com um desempenho frustrante e abaixo da expectativa, o mercado de frango aposta todas as fichas no último mês do ano para tentar recuperar preços e apresentar uma retomada das exportações em melhores níveis.

De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, os preços pagos aos produtores pelo quilo vivo evoluíram muito pouco em novembro e também nos últimos meses. Em São Paulo e em Minas Gerais, dois dos principais mercados de comercialização, os preços não apresentam mudanças desde meados de setembro. “O alento é que o preço do milho vem indicando queda nas últimas semanas, ajudando a reduzir a pressão de custos e trazendo uma melhor margem de lucratividade aos produtores. Hoje o custo médio de produção do frango vivo em São Paulo gira ao redor de R$ 2,55”, comenta.

O analista ressalta que a situação atual não resolve os inúmeros prejuízos enfrentados pelo setor ao longo do primeiro semestre de 2016, que deverão marcar os próximos anos. “Muitos avicultores encerraram as atividades e grandes empresas do setor atravessaram severos problemas de margem ao longo do ano”, afirma.

Para dezembro, a expectativa é de que a demanda por carne de frango volte a apresentar sinais de aquecimento. “Os preços das aves natalinas está muito elevado, o que pode comprometer o consumo pelas classes C e D. A carne de frango, logo, pode preencher esse espaço, contribuindo para uma demanda firme e, por conseqüência, para uma melhora dos preços”, analisa.

     Ao longo de novembro, os preços dos cortes de frango tiveram algumas alterações em São Paulo, tanto no atacado quanto na distribuição. Para os produtos congelados, o quilo do peito na distribuição caiu de R$ 5,00 para R$ 4,95 e o quilo da coxa de R$ 4,80 para R$ 4,75. Já o quilo da asa subiu de R$ 7,10 para R$ 7,15. No atacado, o quilo do peito passou de R$ 4,80 para R$ 4,85, o quilo da coxa recuou de R$ 4,70 para R$ 4,65 e o quilo da asa permaneceu em R$ 7,00.

Nos cortes resfriados, Iglesias afirma que o preço ao longo de novembro também teve oscilações. O preço do quilo peito na distribuição recuou de R$ 5,20 para R$ 5,15, o da coxa seguiu em R$ 4,90 e o da asa retrocedeu de R$ 7,30 para R$ 7,25. No atacado, o preço do quilo do peito caiu de R$ 5,10 para R$ 4,95, o quilo da coxa de R$ 4,85 para R$ 4,70 e o do quilo da asa de R$ 7,15 para R$ 7,10.

Em termos de exportações, o resultado de novembro, incluindo os embarques de carne in natura e industrializada, tende a ser fraco novamente na comparação com outros meses do ano, ao redor de 340 mil toneladas. “O setor se preparou para embarcar entre 380 e 400 mil toneladas mensais. Como este número ficou abaixo em outubro e deve cair em novembro, essa oferta acabará sobrando no mercado interno”, sinaliza.

Dados divulgados nesta quinta-feira (1) pela Secretaria de Comércio Exterior indicaram que as exportações de carne de frango “in natura” do Brasil renderam US$ 452,9 milhões em novembro (20 dias úteis), com média diária de US$ 22,6 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 292,7 mil toneladas, com média diária de 14,6 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.547,40.

Na comparação com outubro, houve ganho de 5,8% no valor total exportado, alta de 5,9% na quantidade total e desvalorização de 0,1% no preço médio. Em relação a novembro de 2015, houve baixa de 11,8% no valor total exportado, perda de 14,8% na quantidade total e valorização de 3,5% no preço.

O levantamento realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil no mês de novembro indicou que em Minas Gerais a cotação do quilo vivo seguiu em R$ 3,30. Em São Paulo o quilo vivo permaneceu em R$ 3,10.

Na integração catarinense a cotação do frango subiu de R$ 2,95 para R$ 3,00. No oeste do Paraná o preço foi cotado a R$ 3,00, contra R$ 2,95 do final de outubro. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo permaneceu em R$ 3,00.

No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango foi mantido em R$ 3,20. No Distrito Federal o quilo vivo foi cotado a R$ 3,30, sem alterações frente ao mês anterior. Em Goiás o quilo vivo permaneceu em R$ 3,25.

Em Pernambuco, o quilo vivo avançou de R$ 4,50 para R$ 4,70. No Ceará a cotação do quilo vivo ficou em R$ 4,70 à frente dos R$ 4,50 praticados no final de outubro, enquanto no Pará o quilo vivo foi elevado de R$ 4,70 para R$ 4,90.