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Mercado de máquinas agrícolas cresce 28,7% em 3 meses

<p>Após um 2006 marcado por variações negativas no faturamento, encerrado com queda de 2,1%, a indústria de bens de capital mecânico ganha fôlego logo no início de 2007.</p>

Redação (04/05/07) – A tendência de recuperação se confirma na 14ª edição da Agrishow Ribeirão Preto, que termina neste sábado.

A indústria de máquinas e equipamentos apresentou aumento de 5,8% no faturamento no primeiro
trimestre de 2007, se comparado ao mesmo período de 2006. De acordo com os indicadores econômicos da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o segmento de máquinas para o campo contribuiu com esse resultado ao crescer 28,7%, nos três primeiros meses do ano.

A recuperação se dá após o registro dos dois últimos anos com variações negativas no faturamento. Para Newton de Mello, presidente da Abimaq, o principal motivo da crise dos dois últimos anos foi a desvalorização do dólar frente ao real, somado à manutenção dos juros em patamares elevados.
Mello acredita que os dados colhidos no primeiro trimestre de 2007 reflitam o começo da recuperação e não apenas uma bolha de crescimento. “O câmbio continua em baixa, mas o estado de espírito é outro”, afirma.

Desempenho

A produção nacional de colheitadeiras e tratores cresceu 8% no primeiro trimestre deste ano em relação ao ano passado. A produção atingiu 12,1 mil unidades, contra 11,2 mil máquinas no mesmo período de 2006, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

O aumento da produção observado no primeiro trimestre está relacionado ao crescimento da demanda interna. Em 2005, pior ano da crise, a venda interna atingiu 23,2 mil unidades e subiu para 25,7 mil unidades em 2006. A expectativa da Anfavea é obter um crescimento de 14% neste ano.
“Além do bom desempenho da atividade canavieira, a produção de grãos voltou a dar lucro. Isso recuperou parte da renda dos produtores, o que garante encomendas”, diz Milton Rego, vice-presidente da Anfavea.

As culturas que não sofreram nos últimos dois anos foram as dos citrus, do café e da cana. As lideranças do setor estão se adiantando às deliberações do governo federal no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e editando medidas que facilitam a aquisição de bens de capital mecânico, como, por exemplo, a retirada dos impostos PIS e Cofins.