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Commodities

Milho avança em Chicago; soja e trigo recuam

O milho fechou hoje em alta pela quinta sessão consecutiva 

Milho avança em Chicago; soja e trigo recuam

Com demanda aquecida e preocupações sobre a oferta para 2022/23, o milho fechou hoje (21/1) em alta pela quinta sessão consecutiva na bolsa de Chicago. O contrato para março, o mais ativo, subiu 0,86% (5,25 centavos de dólar), a US$ 6,1625 o bushel, e a posição seguinte, para maio, avançou 0,53% (3,25 centavos de dólar), a US$ 6,140 o bushel.

A boa procura pelo cereal tanto para a produção de etanol quanto para exportação animou o mercado, que vem aumentando suas compras no mercado futuro. Como suporte adicional às cotações extra, os traders estão monitorando uma possível diminuição de área para 2022/23 diante do alto custo dos fertilizantes, o que poderia fazer o milho perder área para a soja. A Informa prevê que a área de soja americana pode exceder a de milho pela segunda vez na história – os EUA são os maiores produtores mundiais de milho.

Durante o pregão, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) informou que as exportações de milho na semana encerrada em 13 de janeiro chegaram a 1,091 milhão de toneladas para 2021/22, com alta de 48% sobre a média das últimas quatro semanas. Também foram negociadas 105 mil toneladas da temporada 2022/23.

Os embarques do cereal somaram 1,298 milhão de toneladas, crescimento de 28% no comparativo semanal e 29% superior à média móvel de quatro semanas. O principal destino foi a China, com 349,3 mil toneladas, seguida de perto pelo México, com 321,9 mil toneladas.

Também de acordo com o departamento, houve nesta sexta a negociação de 247,8 mil toneladas de milho da safra 2021/22 para destinos desconhecidos, o que o mercado considera ser a China.

A negociação ocorre em meio a especulações de que a China fez grandes compras de grãos nos últimos dias para compensar suas obrigações dentro do acordo comercial Fase 1 feito com os EUA, em que os chineses devem aumentar suas compras de produtos agrícolas dos americanos.

A soja caiu em Chicago após duas sessões de valorização. Além da realização de lucros, pesaram sobre a oleaginosa o fraco desempenho do farelo, que recuou 2% no pregão.

O contrato para março, o mais ativo no momento, caiu 0,81% (11 centavos de dólar), para US$ 14,1425 o bushel. A posição seguinte, para maio, recuou 0,80% (11,50 centavos de dólar), a US$ 14,230 o bushel.

O USDA informou que o saldo líquido das vendas de soja na semana encerrada em 13 de janeiro foi de 671 mil toneladas da safra 2021/22, queda de 9% em relação à semana anterior, mas 12% maior que a média das últimas quatro semanas. Foram vendidas ainda 528 mil toneladas do ciclo 2022/23.

As exportações da oleaginosa americana somaram 1,805 milhão de toneladas, crescimento de 77% no comparativo semanal e de 15% ante à média. O principal destino foi a China, com 1,251 milhão de toneladas.

Depois deste relatório, o USDA apontou nesta sexta a venda de mais 132 mil toneladas da safra 2021/22 para a China. Exportadores americanos são obrigados a informar o departamento sobre vendas diárias acima de 100 mil toneladas.

Por fim, o trigo seguiu sua rota de correção de preços após uma sequência expressiva de altas na bolsa de Chicago. O contrato com entrega para março, o mais negociado, caiu 1,30% (10,25 centavos de dólar), a US$ 7,800 o bushel. A posição seguinte, para maio, recuou 1,10% (8,75 centavos de dólar), a US$ 7,9350 o bushel.

O mercado já precificou suas preocupações com a tensão na fronteira entre Rússia e Ucrânia e aguarda por novos desdobramentos no impasse antes de montarem novas posições no mercado futuro.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, diz que as negociações com a Rússia continuam. Caso ocorra um conflito na região, espera-se que isso afete as exportações de trigo, com a Rússia e a Ucrânia sendo os principais exportadores.

No mercado americano, o saldo das vendas de trigo na semana encerrada em 13 de janeiro bateu 380,6 mil toneladas do ano-safra 2021/22, aumento de 44% frente à semana anterior e de 62% em relação à média das últimas quatro semanas, segundo o USDA. Ainda foram negociadas 72 mil toneladas da safra 2022/23.

As exportações de trigo chegaram a 391,4 mil toneladas, aumento de 52% e 57% nas respectivas comparações. O México foi o principal comprador, com 99,4 mil toneladas.