Após duas semanas consecutivas de alta, os preços internos e externos do milho apresentaram uma queda significativa. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), algumas regiões como Mogiana (SP), Norte do Paraná e Dourados (MS) registraram os menores valores médios de junho deste ano.
O Indicador ESALQ/BM&FBovespa, que representa o mercado de milho em Campinas (SP), revelou que a média mensal atual é a mais baixa em termos reais, ou seja, deflacionada pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de maio de 2023, desde maio de 2019.
Segundo os pesquisadores do Cepea, a queda nos preços reflete o avanço da colheita da segunda safra, que, embora esteja atrasada em comparação com a temporada anterior, está ganhando ritmo e deverá ser intensificada na segunda quinzena de julho. O aumento da oferta do cereal no mercado tem enfraquecido a demanda, resultando em negociações pontuais por parte dos compradores, que buscam adquirir apenas quando necessário.
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A expectativa é que a colheita da segunda safra de milho se fortaleça nas próximas semanas, o que poderá acentuar ainda mais a queda nos preços. No entanto, a redução nos valores pode favorecer outros setores da economia, como a indústria de produção de rações, aves, suínos e bovinos, que dependem do grão como insumo básico.
É importante ressaltar que a oscilação nos preços do milho é um fenômeno comum no mercado agrícola, influenciado por fatores climáticos, oferta e demanda, bem como pelo comportamento dos investidores no mercado financeiro. Acompanhar as tendências e se adaptar às condições do mercado são aspectos essenciais para os agentes envolvidos no setor agrícola e pecuário.
Diante desse cenário, produtores, compradores e demais participantes do mercado devem ficar atentos às movimentações e buscar estratégias adequadas para lidar com as oscilações de preços, de forma a garantir o equilíbrio financeiro e o abastecimento adequado de alimentos para a população.
