As estimativas de produção de milho cada vez menores na Argentina deram sustentação aos preços do cereal na bolsa de Chicago. Os contratos que vencem em maio fecharam em alta de 0,94%, a US$ 6,1725 por bushel.
Devido às temperaturas acima da média nas principais regiões produtoras da Argentina, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu mais uma vez sua projeção para a colheita de milho no país em 2022/23. Agora, a bolsa diz que a produção deve ser de 37,5 milhões de toneladas. Em fevereiro, a previsão era para uma safra de 41 milhões.
“Nós estamos vendo esse patamar de preço em Chicago muito por conta da questão argentina, esse é o foco dos investidores neste momento”, diz Francisco Queiroz, analista da Consultoria Agro do Itaú BBA.
Ainda segundo ele, um movimento de pressão no mercado internacional pode acontecer a partir da metade do ano. “A curva futura de preços mostra uma valorização do milho no curto prazo. Para o segundo semestre, no entanto, considerando a normalidade da safra americana, e a intenção dos produtores em aumentar a área de plantio, devemos ter um cenário de queda nas cotações”, complementa.
Soja
A soja fechou em queda. Os contratos da oleaginosa para maio recuaram 0,25% a US$ 15,07 por bushel. Os preços caíram mesmo diante da nova estimativa para a safra argentina, de 29 milhões de toneladas, feita pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires. O número do mês passado era de 33,5 milhões. A soja sente menos os reflexos da safra no país vizinho devido à expectativa de uma produção recorde no Brasil, que segundo as principais consultorias do mercado deve superar as 150 milhões de toneladas em 2022/23.
Trigo
Os preços do trigo subiram no pregão desta sexta-feira em Chicago, Os contratos do cereal para maio avançaram 2,03%, a US$ 6,7925 por bushel. Investidores corrigiram posições na sessão de hoje, após uma queda que superou os 3% na véspera.