Redação AI 11/04/2002 – Os criadores mineiros de avestruz reforçaram o empenho para aumentar o rebanho no estado. Os negócios estão focados na expansão de criadouros porque o número de aves no Brasil ainda é insuficiente para a implantação de um abatedouro comercial. Para iniciar as vendas de carne, couro e plumas, o rebanho brasileiro tem que atingir a marca de 350 mil matrizes reprodutoras. A estratégia é apresentar a estrutiocultura como uma opção de atividade a fazendeiros e produtores das várias regiões mineiras, a exemplo do que ocorrerá no I Encontro de Estrutiocultores do Vale do Aço, marcado para o dia 18 de maio, na Fazenda Ouro Verde, em Caratinga.
Os estrutiocultores ainda não conseguem projetar um prazo para iniciar os abates, que atualmente são permitidos apenas experimentalmente e com acompanhamento de técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A falta de estimativas é explicada pela recente organização dos produtores mineiros, que há apenas um mês criaram um departamento de estrutiocultura na Associação de Avicultores de Minas Gerais (Avimig) para discutir os rumos do setor e definir as demandas para o início da comercialização.
Segundo os produtores, o mercado de reprodução de avestruzes movimenta cerca de R$ 37,5 milhões por ano com a venda de filhotes. O avestruz inicia a fase reprodutiva com dois anos e bota entre 50 e 70 ovos anualmente, dos quais sobrevivem 25 filhotes em média. Atualmente, cerca de 20% do rebanho brasileiro está em fase de reprodução.