O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, contratou sem licitação uma entidade de aliados políticos para realizar concurso público no Ministério. O contrato seria de R$ 5,5 milhões. As informações foram publicadas na edição desta terça-feira do jornal O Estado de São Paulo.
De acordo com o jornal, Andrade, que pertence ao PMDB de Minas Gerais, contratou o Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial (Idecan), conforme publicado no Diário Oficial da União. A instituição é presidida por Marlene Maria Paiva, também filiada ao PMDB mineiro.
Ainda segundo O Estado, o Ministério da Agricultura informou que a dispensa de licitação para o contrato ocorreu porque “não haveria tempo hábil” e que a decisão encontra respaldo na Lei de Licitações. Já o próprio ministro disse tratar-se de uma coincidência, conforme publicou o jornal.
Não é a primeira vez que o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, tem o nome associado a ações colocadas sob suspeita. Recentemente, a revista Época publicou reportagem sobre um suposto esquema de propina ligado a contratos da Petrobras. Segundo Época, o lobista João Augusto Henriques relatou que parte do que ganhasse em contratos da petrolífera, tinha que remeter a lideranças do partido.
“Segundo João Augusto e outros quatro lobistas do PMDB, o dinheiro era distribuído a muita gente em Brasília. A maior parte seguia para os dez deputados do partido em Minas, entre eles o atual ministro da Agricultura, Antonio Andrade, e o presidente da Comissão de Finanças da Câmara, João Magalhães”, publicou a revista.