O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, sugeriu à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que inicie compras públicas de milho em regiões onde os preços do cereal estão próximos ou abaixo do valor mínimo estabelecido para a formação de estoques reguladores. O objetivo dessa medida é ajudar a conter a queda nas cotações do grão.
A Conab planeja abrir um processo para adquirir até 200 mil toneladas de milho, com uma previsão de gastos de aproximadamente R$ 150 milhões, valor que está disponível no orçamento do ministério, afirmou o ministro.
Essa ação visa beneficiar os estados produtores onde os preços do milho caíram abaixo do mínimo, especialmente com o início da colheita da segunda safra. Um exemplo é Mato Grosso, onde a cotação ficou abaixo dos R$ 43,26 por saca estabelecidos para esta safra, e Goiás, onde os preços caíram abaixo dos R$ 55,20 por saca de 60 quilos.
“Já fiz uma recomendação à Conab para que comece a recompor os estoques públicos de milho, como parte da política do governo. O Brasil tornou-se vulnerável em termos de abastecimento”, afirmou Fávaro em entrevista à Globo Rural.
“Aproveitando os preços reduzidos desse milho que não tem sido armazenado, solicitei ao governo que comece a comprar imediatamente. Isso também ajuda a evitar uma queda ainda maior nos preços. Se o governo começar a comprar pelo preço mínimo, ninguém irá vender abaixo desse valor”, explicou o ministro.