Dos primórdios até hoje, a agricultura é um dos segmentos de maior importância na cadeia produtiva. Quanto melhor for o conhecimento que se tem do solo e clima que prevalece numa região, mais apto se estará para a seleção das culturas mais adequadas e das melhores épocas de plantio/semeadura.
A meteorologia possui divisões especializadas, sendo uma delas a agrometeorologia, que é voltada para as condições atmosféricas e suas influências no ambiente rural. Assim, estudos realizados pela meteorologia em longo prazo são fundamentais no quesito influência do clima nas plantações.
Segundo Juliana Hermsdorff Vellozo de Freitas, meteorologista da Squitter Soluções em Monitoramento Ambiental, o estudo da agricultura também deve ser diário. Aí entra o quesito tempo, bem diferente do quesito clima. “O clima é o estudo médio do tempo para o determinado período de certa localidade. Já o tempo é o estado físico atual das condições atmosféricas em um determinado momento e local. É o estado momentâneo da atmosfera. Assim, as rápidas alterações de variáveis meteorológicas, como, temperatura da manhã ou da tarde, chuva acumulada em 24 horas, por exemplo, são importantes na agricultura do dia a dia”, afirma Juliana.
Esse conhecimento das condições do tempo permite o planejamento de atividades que requer pessoal e maquinário no campo, além de auxiliar na tomada de decisões para realizar intervenções somente quando realmente são necessárias, economizando assim recursos naturais e financeiros. Existem diversos sensores individuais para este acompanhamento do tempo e da interação deste com plantas e solos. “Alguns exemplos são os sensores de molhamento foliar, que permite monitorar períodos de molhamento em superfícies foliares por formação de orvalho, chuva ou irrigação, e os sensores de temperatura do solo”, completa a profissional.
Contudo, pensando em aproveitar melhor esse conjunto de diferentes informações e usar a tecnologia a favor de pequenos agricultores, o uso de sistemas completos de informação agrometeorológicas, são essenciais. “O SIAG é um exemplo desse sistema oferecido pela Squitter, que conta com estações agrometeorológicas compactas, rede de comunicação sem fio, programas para recepção, armazenamento, processamento de dados e a criação automática de um portal ao qual o produtor tem acesso”, finaliza Juliana.
Portanto, a meteorologia e suas tecnologias aplicadas no ambiente rural têm conseguido não somente aumentar a produtividade de agriculturas, mas também acrescentar mais conhecimento de relação tão antiga, a atmosfera e a agricultura. Quem sai ganhado com esses estudos e observações meteorológicas? Tanto a natureza, com a redução do seu desgaste e melhor aproveitamento; tanto o homem, que pode tirar da terra o pão de cada dia, com máxima produtividade e mais consciência ambiental.