A agropecuária brasileira perdeu na madrugada deste dia 22 de março o pesquisador Carlos Cláudio Perdomo, 68 anos. Ele faleceu em Passo Fundo (RS), onde tentava se recuperar de uma grave doença há uma semana. Perdomo trabalhou na Embrapa Suínos e Aves durante 24 anos e foi um dos pioneiros no país na investigação científica a respeito das questões ambientais ligadas à avicultura e suinocultura. O sepultamento está previsto para as 17h, no Cemitério Parque Concórdia, em Concórdia (SC).
Natural de São Gabriel (RS), Perdomo se formou como engeheiro agrônomo no início dos anos 70. Depois de atuar na iniciativa privada, ingressou na Embrapa Suínos e Aves em 28 de março de 1978. Em 1984, concluiu o mestrado em Produção e Manejo Animal na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. Perdomo obteve ainda o título de doutor em Produção Animal no ano de 1995, também na UFRGS.
Durante os 24 anos que atuou como pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Perdomo fez 132 publicações, entre capítulos de livros, circulares técnicas e outros documentos. As mais relevantes foram sobre o desenvolvimento de um modelo eficaz de tratamento líquido para os dejetos suínos. O pesquisador se destacou ainda ao propor modelos de aviários adaptados a regiões como o Centro-Oeste brasileiro. Perdomo desempenhou ainda um papel importante como gestor da Unidade, assumindo a direção da Embrapa Suínos e Aves entre 1984 e 1985.
Para o chefe geral da Embrapa Suínos e Aves, Dirceu Talamini, Perdomo representa uma lacuna irreparável para a pesquisa agropecuária brasileira. “Mas tenho certeza que o seu legado científico servirá como inspiração para os pesquisadores que hoje atuam para tornar a agricultura cada vez mais desenvolvida e sustentável”, afirmou Talamini. Perdomo se aposentou em junho de 2002 da Embrapa e nos últimos anos atuou como professor universitário e consultor.