Nos primeiros sete meses de 2022, os exportadores brasileiros enviaram 649 mil toneladas de carne suína para os mercados de exportação. A queda é de 5% em relação ao ano anterior. O Brasil não ficou imune à evolução da China, com as exportações para aquele mercado caindo 127 mil toneladas (-38%) no período de sete meses.
Apesar disso, a China continuou sendo seu principal destino, levando quase um terço das exportações de carne suína do Brasil até agora este ano, abaixo da metade do ano passado. Esta é apenas uma parte da história.
Assim como muitos outros exportadores que enviaram quantidades significativas de proteína animal para a China nos últimos dois anos, a diversificação está na ordem do dia. As exportações de carne suína do Brasil para outros países asiáticos e mais próximos de casa cresceram acentuadamente. Os volumes para as Filipinas atingiram 46.000 toneladas nos primeiros sete meses do ano, mais de quatro vezes o que eram há um ano. As exportações para a Tailândia também tiveram um crescimento considerável, quase 15.000 toneladas.
Aumento de volume notável para outros mercados incluem Cingapura (+36%), Venezuela (+44%) e Argentina (+66%).
A produção de carne suína no primeiro semestre do ano foi superior a 2,5 milhões de toneladas, 6% superior à do ano anterior. Com os volumes de exportação menores neste período, isso sugere que mais carne suína brasileira está sendo consumida no mercado interno. Com uma produção trimestral em torno de 1,2 milhão de toneladas e exportações de apenas 275 mil toneladas em média, é fácil perceber a importância do mercado interno.
Os volumes de exportação podem, portanto, ser sensíveis às próprias fortunas econômicas do Brasil. O real brasileiro esteve particularmente fraco durante grande parte de 2020 e 2021, enquanto o país lutava contra a pandemia, mas em 2022 ganhou força. Isso reduziria a competitividade das exportações brasileiras de carne suína nos mercados globais e, juntamente com a recuperação da economia doméstica, poderia explicar menores volumes embarcados.