Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Reunião do BRICS

Na África do Sul, Maggi discutirá embargos com China e Rússia

O  ministro disse ainda que irá tratar sobre a importância do aumento do comércio entre os países do grupo

Na África do Sul, Maggi discutirá embargos com China e Rússia

Em viagem para reunião com ministros da Agricultura dos BRICS – grupo integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – que acontece neste último país, o ministro Blairo Maggi disse que aproveitará para tratar “de duas conversas que incomodam” com representantes da China e da Rússia. No caso da China, se trata de embargo à importação de frango sob a alegação de prática de dumping e, da Rússia, de carne que teria a presença de ractopamina.

“Todos os pleitos que a Rússia tinha com o Brasil foram atendidos”, disse o ministro. Da China, segundo ele, está vindo uma missão checar números em visita a três plantas brasileiras, onde pretendem conhecer os custos de produção. “Eles alegam que praticamos dumping, usando preços mais baixos de produção, o que não é verdadeiro. O Brasil é muito competitivo, tem a produção barata de ração, no caso farelo de soja e milho”.

Maggi reconhece que esse custo baixo incomoda outros países. “Tenho até dito a todos que fazem parte desse mercado a importância de saber o quanto se pode ofertar em cada país para que não implique em desestruturar a produção local e haja uma reação da sociedade e de produtores contra o Brasil, como vem acontecendo até agora”.

“Então, são duas pautas que nós queremos discutir com os dois ministros, aproveitando essa reunião do BRICS, que antecede a reunião presidencial, de julho”, apontou Maggi. De acordo com o ministro, a ideia é preparar esses assuntos para que no encontro que Michel Temer terá com os presidentes desses países o diálogo avance com mais facilidade.

Ainda na reunião, prevista para esta sexta-feira (22), no 8º encontro do grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, Maggi disse que irá tratar sobre a importância do aumento do comércio entre eles, “para que se dê um mínimo de preferência entre esses países e para que funcione de maneira mais efetiva”.