Redação (30/08/07) – Os negócios acumulam R$ 63 milhões, 56,25% do registrado na edição passada. "É um ano de recuperação do agronegócio gaúcho e a Expointer está confirmando isso", afirma o secretário da Agricultura, João Carlos Machado. "Nossa expectativa de superarmos os números do ano passado está sendo comprovada dia após dia", afirma.
Segundo a empresa Estacione Bem, que administra a bilheteria e os estacionamentos da feira, o número preliminar de visitantes, até as 16h de ontem, contabilizava a entrada de 65 mil pessoas no parque. Com isso, o público total que já passou pela 30ª Expointer é de 309 mil pessoas. Em 2006, foram 600 mil visitantes.
Também ontem, o Sindicato das Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers) divulgou a realização de R$ 55 milhões. No ano passado, durante toda a feira, foram comercializados R$ 87 milhões em máquinas e implementos agrícolas. "Continuamos otimistas em alcançar vendas 30% superiores à Expointer passada", disse o presidente do Simers, Cláudio Bier. Segundo ele, as vendas tendem a aumentar da metade da feira em diante, com o avanço das negociações entre clientes e empresas.
A comercialização de animais, até as 18h45min, somou R$ 7,2 milhões, com a venda de 187 animais de elite e 261 rústicos. Com o leilão de angus, previsto para a noite de ontem, os negócios envolvendo animais na feira deveriam superar os R$ 7,3 milhões do ano passado. A agricultura familiar rendeu R$ 158,7 mil em vendas até terça-feira. Na edição anterior da feira, os produtos da agroindústria familiar totalizaram R$ 449,9 mil. O artesanato comercializou R$ 710,5 mil até terça-feira, ante R$ 1 milhão em 2006.
Oito anos se passaram desde a primeira edição da Feira da Agricultura Familiar e, no decorrer desse período, o espaço foi passando por sucessivas transformações. Hoje pode ser considerado como um dos carros-chefe da Expointer, tendo chegado, em 2006, a R$ 460 mil em comercialização. Só nesse ano, nos quatro primeiros dias as vendas chegaram a R$ 158,7 mil. A mostra começou em 1999, de forma tímida num local apertado, localizado ao lado do pavilhão dos pequenos animais e com apenas 18 expositores. A cobertura era de lona, em um terreno acidentado.
Hoje são 250 agroindústrias, distribuídas por 176 estandes, instalados em um pavilhão coberto e que neste ano está com layout novo. "Uniformizamos os estandes, imitando estilo alemão, a brita cedeu espaço ao piso de concreto, assim como as cozinhas montadas foram substituídas pelas de alvenaria. Está tudo muito bonito", declarou o coordenador do espaço, pela Emater, Osvaldo Brunetto. O investimento foi de R$ 280 mil por parte do governo estadual.
Nesta edição, participam da mostra 120 municípios gaúchos, cujo maior número de representantes se situa na Região Metropolitana de Porto Alegre e nos arredores de Frederico Westphalen, Lajeado e Caxias do Sul. "Este misto de municípios confere diversidade à feira das agroindústrias familiares." A demanda por espaços tem crescido ano após ano, graças ao sucesso alcançado pela feira. Em 2006, participaram 200 agroindústrias Estamos vendo que chegará um ponto que teremos que acirrar os critérios de escolha para selecionar quem irá participar. A qualidade dos produtos é muito boa, mas há muita gente querendo integrar e a idéia é fazer circular os produtores, não repetindo sempre os mesmos."
A primeira grande transformação ocorreu em 2004, quando foi construído o pavilhão, que abriga a mostra que comercializa diversos produtos in natura, grãos, farináceos, compotas, vinhos, embutidos, entre outros. O processo de melhoria deve ter prosseguimento em 2008, quando está prevista a construção de alojamentos permanentes no interior do pavilhão, que deverão abrigar os expositores. "Vai facilitar a vida dos produtores, que precisam se deslocar para Porto Alegre e ficam na sede da Fetag, eles poderão ficar mais tempo para atender aos clientes", declarou o vice-presidente da Fetag, Sérgio de Miranda. Para ele, o novo piso, além da questão estética, confere melhor apresentação aos produtos, que antes ficavam empoeirados. Miranda defende a necessidade de que, em breve, o pavilhão seja ampliado. "Há cooperativas que se inscrevem individualmente, mas que trazem mais de 10 pessoas. É preciso pensar em expansão."