O Brasil tem 299 empresas iniciantes de base tecnológica dedicadas à agropecuária, de acordo com a segunda edição do Mapeamento de Agtechs 2021, que a Associação Brasileira de Startups (Abstartups) produziu em parceria com a Dell. O número é 64,2% maior que o do levantamento anterior, de 2019, no qual a entidade havia identificado 182 agtechs em atividade no país.
As startups voltadas à atividade agropecuária somam 11,8% do universo empresas iniciantes de base tecnológica, o que faz desse um dos grupos mais numerosos no país. Educação, com 17,3% do total, e saúde e bem-estar, com 17,1%, ocupam os dois primeiros lugares, informa o relatório.
Das quase 300 agtechs brasileiras que estão em atividade, 43% oferecem soluções financeiras para o setor, diz o levantamento da Abstartups. Os empreendedores homens somam 85,4% dos fundadores de agtechs. São Paulo é o Estado com o maior número de empresas (27,4%), seguido por Rio Grande do Sul (17,2%) e Paraná (12,7%).
Segundo o mapeamento, 47,1% das agtechs brasileiras já receberam investimentos, quase o dobro da média geral em todos os setores (no ano passado, essa média foi de 26,7%), e 54,1% estão em fase de validação e operação. “O segmento agro é um dos mais tradicionais e maduros, mas ainda com oportunidades para novas soluções e exponencial crescimento”, diz, em nota, Ana Flávia Carrilo, coordenadora de Informação da Abstartups e responsável pelo estudo.
O mapeamento classificou as startups em três momentos da gestão agrícola: antes da porteira (tudo que é necessário para a gestão agrícola, mas que não atua na fazenda), dentro da porteira (que envolve diretamente os produtores agropecuários) e depois da porteira (que se refere a tudo após a produção agrícola). No Brasil, informa o estudo, 72,6% das agtechs estão na fase dentro da porteira, 10,2% na etapa antes da porteira e 17,2%, depois da porteira.