O custo de produção dos suínos em Mato Grosso tem pesado no bolso dos produtores, o vilão da vez é o milho, principal componente da alimentação dos suínos. O custo para produzir um quilo de suíno vivo em Mato Grosso subiu 84% entre 2018 e 2021.
Segundo especialistas, o custo da produção da proteína deve ser o maior desafio para suinocultores estaduais no próximo ano. O assunto foi debatido na manhã desta terça-feira (30), no 1º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso, realizado pela Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat).
Estudo realizado em parceria entre o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Embrapa Aves e Suínos e a Acrismat, mostra que o custo para produzir um quilo de suíno vivo no estado subiu 84% entre 2018 e 2021.
O diretor geral da Agroceres PIC e diretor presidente da Associação de Genéticas de Suínos (ABEGS), Alexandre Rosa, diz que o cenário futuro é de melhora para o setor, “mas é essencial que neste momento de elevado custo a gestão das granjas seja prioridade para os produtores”, destaca.
Segundo ele, a previsão é que devido à boa safra de milho deste ano o custo de produção para os próximos meses deve pesar um pouco menos no bolso dos produtores, e a demanda doméstica deve aquecer à medida que a pandemia for diminuindo.
“Isso dá sinais de um cenário mais favorável aos suinocultores. Mas, neste momento, em que o custo de produção preocupa os produtores, a melhor orientação é manter o foco na gestão de ganhos em eficiência dentro das granjas, minimizar custos e aumentar produtividade”, pontua.