A Administração Oceanográfica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) confirmou a ocorrência de um Super El Niño em 2023/2024, de acordo com a atualização do Índice Oceânico Niño (ONI) divulgada nesta terça-feira (6). O índice, utilizado como referência para determinar os períodos de El Niño, neutralidade e La Niña, atingiu uma média de anomalia de temperatura da superfície do mar (TSM) de 2 ºC nos últimos três meses, caracterizando um evento de grande intensidade.
A definição de Super El Niño pode variar, mas muitos especialistas consideram anomalias acima de 2 ºC como indicativas de um evento “super”. Essa classificação é respaldada pela história, com ocorrências notáveis em 1982/1983, 1997/1998, 2015/2016 e, agora, em 2023/2024.
O índice avalia se as águas do Pacífico Equatorial estão mais quentes ou frias em relação à climatologia de referência nos últimos três meses. O gráfico de evolução do ONI desde 1980 destaca anos com Super El Niño, marcados por picos em vermelho acima de 2 ºC.
É importante ressaltar que, embora o El Niño tenha uma grande influência no clima da América do Sul, outros fenômenos locais e de curta duração também impactam a atmosfera. Cada evento de El Niño é único devido a essas influências variadas, como demonstrado recentemente pela atuação da Oscilação Madden Julian, que trouxe chuvas para o Matopiba enquanto deixava o Sul mais seco, desafiando as expectativas de um El Niño forte.