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O peru vai estar em baixa neste Natal

Estão sendo produzidos frangos temperados com preços mais atraentes, substituindo procura pelo chester ou o tradicional peru.

Redação AI 28/11/2003 – 06h30 – Ainda é muito pequena a procura por produtos de Natal nos supermercados de Cascavel e o consumo de produtos típicos, como por exemplo o peru, deve sofrer uma queda de aproximadamente 25% em relação às vendas no ano passado. A informação foi dada ontem pelo presidente do núcleo regional da Associação Paranaense de Supermercados (APRAS), em Cascavel, Rudimar Erbert.

Um dos motivos, segundo ele, é a falta de dinheiro entre os consumidores. A expectativa é de que o movimento melhore nos próximos 10 dias, com o pagamento do décimo terceiro salário. Ainda assim, será um crescimento muito pequeno calculado em, aproximadamente, 2% apenas.

“A perspectiva é boa mas sem muita euforia. Não há um crescimento no volume de emprego e a defasagem salarial é vista em todos os lados. A gente só espera melhora em vendas a partir do segundo semestre do ano que vem”, disse. Segundo Rudimar Erbert, a queda nas taxas de juros provocou mudanças na mentalidade da população e, ao invés de alimentos, a maioria está comprando móveis com a possibilidade de pagar a longo prazo.
 

No caso das aves há uma situação bastante curiosa que chama atenção. Pequenas empresas já estão produzindo frangos temperados que chegam às prateleiras com preços mais atraentes e acabam deixando de lado a procura pelo chester ou pelo tradicional peru.

Campanha 

Um frango grande, por exemplo, custa  a média de R$ 3,49 o quilo enquanto que o chester ou peru vão ser vendidos por preços entre R$ 4,90 a R$ 5,50. “Os que possuem condições de comprar estão mudando os hábitos e os que não possuem condições estão optando por alternativas mais baratas como o frango, que depois de assado tem sabor parecido”, diz o presidente da Apras. “O cliente sabe que terá que pagar e por isso pensa mais antes de comprar”, diz.
 
A tradição do Peru, teria começado com  Cristóvão Colombo, quando ele quando chegou à América e conheceu a ave. Por seu excelente sabor, foi logo aceito na Europa e em 1549, foi oferecido à rainha Catarina de Médicis, em Paris. Era tão apreciado que se tornou o símbolo de alimento das grandes ocasiões. Nos Estados Unidos, o peru representou o fim da fome dos primeiros colonos ingleses que lá chegaram. No Brasil a ave é apreciada desde a época colonial. 

O mercado brasileiro de criação, abate e venda de perus é dominado basicamente por duas empresas gigantes do setor de aves, a Perdigão e a sadia, sendo que esta última tem granjas nas cidades de Nova Esperança do Sudoeste, Paraná, Uberlândia, MG e Chapecó, em Santa Catarina.