De acordo com o último relatório da Associação de Criadores de Suínos do Paraguai (ACCP), o país está tendo um dos preços mais baixos, apesar do aumento do custo de produção e qualidade nas fazendas e indústrias. Jorge Ramírez, presidente da Associação Paraguaia de Produtores de Suínos (APPC), indicou que as perspectivas ainda são bastante complexas para este setor.
O relatório divulgado pela ACCP indica que o suíno paraguaio registra um valor de US$ 1,25 por kg vivo (US$ 1,00 = R$ 5,24), o que representa o menor preço do animal colocado nos frigoríficos da região. Nesse sentido, o chefe da APPC, Jorge Ramírez, em comunicação com o La Nación, explicou que o preço internacional permaneceu baixo, pelo que acabou nesse número.
Explicou que o excesso de oferta tanto a nível nacional como regional continua a ser um fator muito preocupante para o sector porque gera preços mais baixos. Este preço é mesmo o mais baixo desde janeiro de 2022, quando atingiu o valor de 1,40 dólares por quilo, o que mostra a situação dos produtores.
“O Paraguai tem o menor preço da região e que não só se mantém na estrutura de preços internacional, como também se transfere para o mercado interno. Na suinocultura paraguaia há um setor que produz para exportação e outro para consumo interno; os pequenos e médios estão trabalhando no mercado interno e esse preço também é repassado para o pequeno produtor e hoje há uma queda no que eles pagam”, mencionou.
Ele esclareceu que US$ 1,25 é pago pelo gado vivo e tem sido um preço internacional, enquanto os produtores do mercado local estão recebendo US$ 0,94 em média porque varia de região para região. Em contrapartida, Ramírez comentou que o custo de produção ainda é bastante alto, por isso as fazendas continuam trabalhando com saldo negativo.
Acrescentou que os produtores estão a pagar cerca de G 11.000 (G 1 = R$ 0,00076) por cada animal no seu processo de produção, enquanto o pagamento que recebem na venda ronda os G 8.500, o que gera uma perda de G 3.000 por cada quilo. Embora tenha havido uma pequena trégua devido à queda do preço do milho, grão fundamental para a produção, o preço segue instável, segundo o dirigente do sindicato.
Até o dia 26 deste mês, os preços mais competitivos da região eram os do Uruguai, que teve o pagamento de US$ 2,13 por quilo, seguido da Colômbia com US$ 2,03; Chile com US$ 1,93; Argentina com US$ 1,86 e Brasil com US$ 1,39. Em relação aos demais mercados, o relatório menciona que China, Rússia e México registraram um preço de US$ 3,14, US$ 2,07 e US$ 1,94, respectivamente.