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O que importa é ser Feliz! - Por Valter Bampi

Afinal, qual modelo de sucesso desta geração?

O que importa é ser Feliz! - Por Valter Bampi

Um Médico Veterinário trabalha em hostel, especialista avícola de multinacional pede contas, quer fazer hambúrguer. Engenheiro Agrônomo joga tudo ao alto para estudar, andar de metrô fora do Brasil. Executivo do Agronegócio feliz por demissão, dizendo “aprenderei surfar”. Dirá: “quanto vão aguentar sem ganhar bem, pedir dinheiro aos pais”, nada disso, a onda é outra, sem carro, dividem apartamento, abrem mão de luxo, não ligam de viver com dinheiro curto, não aguentavam mais infelicidade.

O modelo de sucesso dos avós era a família estruturada, bom casamento, filhos bem criados, comida na mesa, lençóis limpos, sem guerra de ego no trabalho, metas inatingíveis de dinheiro. Bem sucedido era quem tinha família que deu certo, assim criaram filhos, esperando que cumprissem essa meta de sucesso: formar família sólida. Deu errado, pais divorciados, famílias reconstruídas, que são lindas, como minha, mas que não são nada do que avós esperavam. O modelo de sucesso deles não coube na vida dos pais. 

Os pais encontraram outro modelo de sucesso: a carreira, o trabalho duro, estudaram, empreenderam, prestaram concurso, suaram camisa, deram o melhor aos filhos, mais ou menos bem sucedidos com carreira sólida, imóveis quitados, aplicações no banco, reconhecimento no meio de trabalho. Pessoa de sucesso é quem deu certo na carreira, assim criaram filhos, dando instrumentos a formação, garantindo sucesso profissional, ensinaram estudar, investir, planejar, ofereceram ferramentas. Estudaram, passaram em processos seletivos, ocuparam cargos e agora? O que está acontecendo? Executivos acham que seriam felizes se fossem tenistas, esses acham se fossem pilotos, que por sua vez, acham que seriam mais felizes se fossem professores de futevôlei. Percebemos que sucesso não garante missão cumprida, nem sabem se querem sentir que a missão está cumprida, nem sabem qual missão, nem sabem se tem missão. Quem são? Valorizam o amor, a família, tranquilos, se casam, separam, decidem não ter filhos, tudo bem. 

 O que importa é ser feliz. Pais já quebraram paradigmas, será que agora terás que romper com imposição da carreira? Não está na hora de aceitares que, se alguém quiser ser CEO de multinacional, trabalhar num café, ser professor, eterno estudante, fazer brigadeiro a festas,  tudo bem? Afinal, qual modelo de sucesso desta geração? Será que continuarão, achando que, também, conseguirão medir sucesso por conta bancária? Ou sucesso, está na pessoa de rosto corado, escolhas felizes? Será que sucesso é ter dinheiro sobrando, tempo faltando, dinheiro contado, tempo sobrando? Casa fantástica, glicose alta, casinha alugada, horta na janela? Sucesso é filho voltando da melhor escola da cidade ou da escolinha do bairro, parando para tomar sorvete na padaria? Parece-me que precisaras aceitar modelo de sucesso, geração da paz, amor efetivo, loucos nós, que jogamos tempo, saúde, vida, todo dia, no lixo.