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Fenômeno Climático

Os efeitos do El Niño na agricultura da América Latina

Na América Latina, os efeitos mais profundos poderão ser sentidos no Peru, Chile, Equador, Bolívia, norte da Argentina e Brasil. Mas cada país receberá os efeitos do El Niño de forma diferente.

Os efeitos do El Niño na agricultura da América Latina

O fenômeno climático El Niño promete dar as caras novamente em 2014. Os especialistas em meteorologia no mundo todo apontam em até 90% as chances de ocorrência neste segundo semestre. Até a ONU já emitiu um alerta global para que os países se preparem para enfrentar os efeitos do El Niño, principalmente sobre as áreas agrícolas das regiões afetadas.

O El Niño é um fenômeno natural causado pelo aquecimento das águas do Pacífico, quase como que se uma gigantesca piscina de água quente se formasse bem no meio do oceano. Com essa alteração, o clima no mundo todo acaba sendo afetado. Chuvas em excesso, estiagem, seca e aumento de temperaturas são alguns dos efeitos que podem ser sentidos nas regiões. Efeitos esses que podem causar perdas drásticas para a produção agrícola, caso os agricultores não tomem medidas preventivas.

Na América Latina, os efeitos mais profundos poderão ser sentidos no Peru, Chile, Equador, Bolívia, norte da Argentina e Brasil. Mas cada país receberá os efeitos do El Niño de forma diferente. No Peru, Equador, sul do Chile e norte da Argentina, por exemplo, espera-se um aumento na ocorrência de chuvas, enquanto que no norte do Chile e Bolívia a temporada seca poderá ser amenizada.

Por ter proporções continentais, o Brasil é o país que apresenta a maior variedade de efeitos do El Niño. Nos estados do Sul, a forte incidência de chuvas já prejudica a produção agrícola, atrasando o plantio e causando perda de sementes já plantadas.

Diego Kloss, gerente da Alltech Crop Science no estado do Rio Grande do Sul, acompanha de perto a chegada do El Niño na região. “Em três dias, choveu o equivalente a 130 mm. O inverno está sendo pouco frio e bastante úmido,” ressalta Kloss. Ao lado dos agricultores, ele destaca o impacto dessas adversidades na produtividade agrícola. “Os produtores de alho, cebola, cenoura e beterraba não estão conseguindo preparar a terra para plantar. Tem produtor reduzindo a área de plantio de alho em função das sementes estarem apodrecendo. Esse pouco frio também influencia de maneira negativa na produção de frutas. A macieira e a videira são espécies que necessitam de muito frio no período de dormência para armazenar energia, e esse frio até agora não veio,” completa Diego.

Para a região do Triângulo Mineiro o efeito é inverso. Localizada no centro do Brasil e famosa pela produção cafeeira, a região enfrenta falta de chuva. Para André Piotto, gerente da Alltech Crop Science na região, “2014 tem se destacado como um ano com menor quantidade e pior distribuição de chuvas dos últimos tempos.” O El Niño provocou um desequilíbrio no calendário das águas, que tem períodos de chuva bem definidos na região, acontecendo entre os meses de setembro e abril.

Nutrição para enfrentar os estresses climáticos
Adversidades climáticas estão entre as maiores causadoras de queda na produtividade das lavouras, e esse efeito pode ser ainda mais intenso pela ação do El Niño. O fenômeno exigirá das plantas maior capacidade de suportar situações de estresse, e para isso é preciso que ela esteja balanceada nutricionalmente para enfrentar o desequilíbrio climático e também possíveis patógenos que podem se aproveitar das condições favoráveis para atacá-la.

Para o gerente André Piotto, as soluções oferecidas pela Alltech Crop Science podem ajudar os produtores a lidar com os efeitos do El Niño em suas lavouras. “O efeito antiestressante é realmente a chave da questão. Produtos como Initiate, Initiate Soy e Grain Set atuam no balanceamento hormonal da planta, fazendo com que ela tenha boas condições fisiológicas para produzir, e o Liqui-Plex Bonder, que atua na reposição de energia através do aumento dos níveis de aminoácidos da planta, têm mostrado bons resultados em situações de déficit hídrico,” afirma.
Já em situações de excesso de umidade, que favorecem o surgimento de doenças, a proteção deve ser trabalhada. O gerente da Alltech Crop Science Diego Kloss destaca o trabalho preventivo em sua região. “Nossa linha Proteção é bastante importante neste momento para auxiliar o fortalecimento da planta frente às adversidades do meio.”

Neste momento em que o mundo todo mostra preocupação com os efeitos que o El Niño pode causar na produção agrícola, é importante lembrar que, estando bem nutridas, as plantas ficam mais resistentes ao ataque de doenças e sofrem menos com os estresses ambientais. Portanto, um bom plano para se lidar com os efeitos do fenômeno deve começar com certeza pela nutrição.