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Economia

Os fatos marcantes de 2010

Os presidentes das principais associações estaduais da suinocultura nacional apontam os acontecimentos que marcaram o setor neste ano. Lucratividade e o sucesso do PNDS são destacados.

O ano de 2010 foi bastante favorável para a suinocultura brasileira na visão das principais entidades associativistas do País. O aumento das cotações suinícolas, resultando em maior rentabilidade para o produtor, e o sucesso do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura, instituído pela Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), são destacados. Para grande parte dos dirigentes, o PNDS permitiu o crescimento do consumo de carne suína neste ano, fortalecendo o setor.
Novas entidades, novas gestões. Mais crédito, mais profissionalismo. Muitos foram os fatos destacados pelas entidades no ano de 2010. Suinocultura Industrial perguntou aos líderes das principais associações de classe do Brasil qual o fato mais marcante da suinocultura em cada Estado. As respostas, você acompanha a seguir.

Valdecir Folador, presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs)

“Neste ano temos vários fatos que marcaram a suinocultura. Um dos principais, sem dúvida, foi o fato de o suinocultor voltar a ter rentabilidade e, com isto, o bom momento da suinocultura como um todo, para vários elos do segmento, não apenas o produtor.
Outro fato importante de 2010 foi o retorno dos suínos a Expointer, que é a maior feira do agronegócio da América Latina, tendo em vista sua ausência em 2009.
Também destacamos o lançamento do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) no Rio Grande do Sul, o qual pretende aumentar o consumo da carne suína no Brasil em 2 kg per capita.
Por fim, ressaltamos o início do trabalho buscando a regulamentação do sistema de integração, através de lei própria. Este projeto deve ter continuidade em 2011 em função de sua relevância para os produtores, pois hoje o suinocultor encontra-se muito vulnerável nesta espécie de produção”.

Losivanio de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS)

“Temos dois momentos, um que aconteceu no auge da crise, o governo do estado isentou o ICMS por 240 dias fazendo com que, em especial, os produtores independentes pudessem ter uma melhor remuneração no setor, comercializando seus animais com aumento de lucratividade. Outro fator foi a abertura do mercado americano para SC, aumentando a expectativa do setor em boa margem de lucro”.

Carlos Francisco Geesdorf, presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS)

“A mudança de diretoria da associação paranaense, com uma nova visão do setor produtivo e das prioridades da atividade conseguiu uma maior aproximação com o produtor, ajudando na formação de novas lideranças e de novas parcerias. Esta foi uma grande vitória da APS, que continua na busca incessante da colocação do produtor dentro da sua associação”.

Valdomiro Ferreira Junior, presidente da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS)

“Para mim, os fatos mais marcantes de 2010 foram granjas certificadas pelo Selo Suíno Paulista. Estamos fechando o ano com a 4ª granja no Estado que terá a certificação. São mais de 5.760 toneladas de carne a mais com garantia e rastreabilidade da produção. Esse é o sucesso que estamos tendo em São Paulo”.

José Puppin, presidente da Associação dos Suinocultores do Espírito Santo (Ases)

“Sem dúvidas para nós foi o trabalho do PNDS, no Estado, implantado em conjunto com a ABCS, CNA, Sebrae e vários parceiros. Desenvolvemos várias ações em nosso estado buscando profissionalizar o setor produtivos e por conseqüência ofertar um produto de melhor qualidade ao consumidor final”.

Luiz Antônio Ortolan Salles, presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat)

“O preço estável do suíno vivo pago ao produtor durante todo o ano foi, sem dúvida, o fator de maior valia para o suinocultor do Mato Grosso”.

José Arnaldo Cardoso Penna, vice-presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg)

“Um dos fatos marcantes para a suinocultura mineira nesse ano foi a conscientização do produtor de um profissionalismo cada vez maior na atividade. Esse também foi o ano que o Governo e o Banco do Brasil mais disponibilizou crédito para o agronegócio. Por último, o aumento de renda do brasileiro, as ações do Programa Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) e o aumento do bovino incentivaram o consumo da carne suína, que deve aumentar em 2 kg per capita até 2013”.

Arão Antonio Moraes, presidente da Associação Sul-Matogrossense de Suinocultores (Asumas)

“Aqui trabalhamos de uma forma diferente. Não temos muitas granjas e a maioria do produtor de suínos do Mato Grosso do Sul trabalha no sentido empresarial, ou seja, integrada à agroindústrias. Por isso tivemos menos problemas que outros estados na crise. E é esta nossa vantagem, de vendas garantida de mercadorias, que destaco como fator de suma importância não somente para 2010, mas para todos os anos que sucedem a suinocultura sul-matogrossense”.

José Marcelino Pereira, presidente da Associação Goiana de Suinocultores (AGS)

“Para mim, o fato mais marcante da suinocultura deste ano, em Goiás, foi o aumento do consumo da carne suína registrado neste ano. Tenho certeza que nossas ações de marketing, através do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), foram decisivas para incentivar o consumo deste produto. Além disso, conseguimos dissolver aquele mito de que a carne suína não era saudável. Hoje, a população tem mais consciência de que trata-se de um alimento nutritivo, de baixas calorias e muito gostoso”. 

José Evairton Andrade Brito, presidente da Associação Sergipana de Suinocultores (Suin/SE)

“Com certeza o fato mais importante para a suinocultura de nosso Estado em 2011 foi a fundação da Associação Sergipana de Suinocultores (Suin/SE). Este é o ponto de partida para a estruturação da cadeia suinícola de Sergipe”.

Paulo Helder de Alencar Braga, presidente da Associação de Suinocultores do Ceará (Asce)

“Foi a gente conseguir fazer parte do PNDS, que iniciará seus trabalhos em 2011. Com isso, será possível desenvolver mais nossa suinocultura e poderemos aumentar o consumo de carne suína no Ceará. Acredito ser muito importante para nosso Estado ter fechado uma parceria com entidades da magnitude da ABCS, Sebrae estadual e nacional, Senar, etc. Trouxemos para perto da Asce todos estes orgãos que têm trabalhado em benefício do setor”.

Marcelo Plácido Corrêa, presidente da Associação Baiana de Suinocultura (ABS)

“Eu acho que a reestruturação da ABCS em 2010 abriu as portas para as associações estaduais, incentivando o diálogo e discussões para desenvolvimento da suinocultura brasileira e baiana. E o trabalho atuante da ABS, em busca de devolver o otimismo para a atividade suinícola do Estado, tem dado bastante resultados. Hoje o próprio suinocultor consegue discutir sobre mercado, e isto é muito marcante”.