“Futuro da suinocultura brasileira já começou”. A frase ganhou destaque na apresentação do diretor da Associação Brasileira de Criadores de Suíno (ABCS), Fabiano Coser, durante sua palestra no Congresso Internacional da Carne 2011, na tarde desta quinta-feira (09.06), último dia de evento. O especialista fez uma exposição baseada em dados econômicos avaliando o crescimento e as boas perspectivas para o setor suíno nos próximos anos. “Até 2025 o brasileiro vai aumentar 20 kg por ano/per capita de consumo de carnes. E a suinocultura também quer um pedaço dessa fatia”, analisou.
A palestra “Potencialidade do Brasil como produtor de carne suína”, apresentada por Coser é parte da programação do painel “Ovinos e suínos”, o qual também está incluída a palestra “Negociações diplomáticas: como a carne suína quebra barreiras e ganha mercados”, ministrada pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo, e a palestra “Sistema internacional de comercialização de carne ovina”, apresentada pelo engenheiro agrônomo e mestre em agronegócios, André Sorio.
Segundo Coser, o Brasil contribui apenas com 3% da produção mundial de carne suína, enquanto que na carne bovina e de frango essa porcentagem chega a 15%. “Há muito espaço para a carne suína conquistar. A cadeia da está preparada para crescer”, destacou ponderando que esse crescimento deve estar centrado nas estratégias de exportação. “Se não tivermos estratégias para exportar, daremos poucos anos de vida aos produtores que aqui existem”, assinalou.
De acordo com Pedro Camargo, o setor precisa ultrapassar as barreiras sanitárias, tarifárias e comerciais para avançar na produção e exportação do produto. “É preciso ter sanidade e estudos de análise de risco. É necessário organizar um debate com a sociedade civil”, citou.
Fabiano Coser destacou também a importância da utilização dos grãos na nutrição animal. “O Brasil está transformando grãos em proteína de origem animal”. Segundo Coser, a região Centro-Oeste está em momento positivo no que se refere à produção e consumo de carne suína. “São quase 300 mil matrizes na região Centro-Oeste. Temos que aproveitar o poder de compra do brasileiro e explorar o mercado”, finalizou.
O Congresso Internacional da Carne é uma realização do International Meat Secretariat (IMS/Opic) em conjunto com a Famasul. O evento tem o apoio do Ministério da Agriculturra, Pecuária e Abastecimento, da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural – FUNAR e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de MS – Senar/MS, do Fórum Permanente da Pecuária de Corte da CNA, do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul e Convention Visitors Bureau, e é patrocinado por John Deere, Marfrig, Seara, AllFlex, JBS, Safe Trace, Valefert, Serrana Nutrição Animal, Fecomércio, Sindan, Sebrae, Fiems e Banco do Brasil.