Em transmissão ao vivo na TV Gessulli no Youtube, João Carlos Bretas Leite, presidente da Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG), e Alvimar Jalles, consultor de mercado da ASEMG, os entrevistados debateram sobre o panorama do mercado de suínos no estado e o aumento dos custos de produção.
A alta de custos de produção tem impacto em todos os produtores de maneira geral, inclusive no mercado internacional, ressalta João Bretas durante a conversa. O consultor Alvimar completa que é importante entender que “não tem ninguém contra ninguém. Na verdade estão todos lutando no mesmo mercado, que é mineiro, brasileiro (Minas Gerais não funciona isoladamente) e, muito bem dito [pelo presidente anteriormente], reverbera em questões mundiais.”
Analisando o primeiro semestre de 2021, João Bretas aponta que, conforme o último balanço trimestral realizado, produtores “apenas sobreviveram”, com pouco lucro. Alvimar reforça que, neste período, houve uma alta volatilidade de preços. “A gente tem aqui o que chamamos de ‘mini ciclos’ de preços. O que são os ‘mini ciclos’? É o tempo que ele gasta para sair de um ponto zero, chegar ao máximo e depois inverte, e assim sucessivamente. Em poucas vezes o ‘mini ciclo’ retoma o fôlego de alta ou de baixa.” Esse período tem uma trajetória de uma determinada situação. Em 2019, esses ‘mini ciclos’ duravam em média dez semanas, entre o preço começar a subir e atingir o máximo. Em 2021, ‘mini ciclo’ está durando 4 semanas.
Com isso, observamos uma mudança de preço muito acelerada que jamais foi vista antes, fazendo com que todas as cadeias de produção fossem atingidas no mercado.
Alta do milho incentiva produtores a reaprenderem o mercado
Sobre a relação de troca do suíno vivo e milho no estado de Minas Gerais, o presidente da ASEMG, João Bretas, comenta que, em um cenário ideal, essa relação tem que ser a de 4 quilos de ração para cada quilo de suíno.
Ao longo do segundo semestre, com a liberação de importação de milho dos EUA, o consultor Alvimar aponta que, ao sinalizar que existe outra forma de abastecimento, pode interferir na expectativa dos produtores brasileiros. Assim, podem sinalizar e encontrar outras possibilidades de produção e preços.
O presidente reforça que: “a gente poder importar e saber que custo CIF Indústria é R$ 87,00 ou R$ 90,00 é uma notícia sensacional para o mercado. (…) É um preço de milho inimaginável para nós. A gente nunca pensou em um preço de milho.”
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