O governo do Paraná vai abrir um concurso público para a contratação de 30 médicos veterinários e 50 técnicos agrícolas. O anúncio foi feito na Assembleia Legislativa, em Curitiba, nesta quarta-feira (28), durante a Audiência Pública Paraná Livre da Febre Aftosa sem Vacinação. O evento contou com a participação de mais de 2 mil produtores rurais, lideranças sindicais e técnicos, vindos de todas as regiões do Estado para debater os reflexos que a retirada da vacina devem proporcionar ao agronegócio paranaense.
A contratação dos profissionais era um dos requisitos para que o Paraná possa solicitar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no mês que vem, o reconhecimento nacional de área livre de febre aftosa sem vacinação. Outra medida obrigatória antes de dar esse passo era a construção e reforma de alguns postos de fiscalização animal em divisas do Paraná com outros Estados, o que foi cumprido com recursos da iniciativa privada.
O secretário de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, foi quem fez o anúncio da autorização da realização do concurso público, assinada nesta terça-feira (27) pelo governador Carlos Massa Junior. “O primeiro interessado nesse avanço sanitário somos nós produtores rurais. O segundo interessado é a indústria, que processa. Então, somos nós que temos que querer e os governos têm que dar condições para que as coisas andem bem, agir com inteligência para que possamos evoluir”, apontou o secretário.
O presidente da Federação da Agricultura do Paraná (FAEP), Ágide Meneguette, enalteceu a participação do produtor rural, que teve papel determinante em todas as etapas da estruturação sanitária do Paraná, há mais de 40 anos. O presidente da FAEP também destacou a demonstração de civismo que os dois mil produtores de todas as regiões do Estado tiveram, ao se deslocar por centenas de quilômetros para acompanhar a audiência pública em Curitiba.
A audiência pública, cuja iniciativa foi do deputado estadual Anibelli Neto, reuniu deputados, secretários, técnicos e diversos representantes da cadeia produtiva para discutir o fim da vacinação contra febre aftosa no Paraná. “Este ato [a conquista do novo status sanitário], representa muito mais para a economia do Paraná do que trazer 20, 30 ou 40 empresas com isenção de ICMS. Estamos prestigiando a vocação e povo do Paraná”, afirmou.