Após a declaração de estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional devido à detecção da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em aves silvestres, as ações preventivas foram reforçadas nos estados brasileiros. No Paraná, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) está enfatizando a importância de adotar medidas de segurança para evitar a chegada da doença às granjas comerciais do estado.
A Adapar destaca o papel fundamental dos produtores de aves paranaenses na proteção de suas propriedades e na notificação imediata em caso de suspeita da doença. A agência é responsável por colher amostras e realizar o diagnóstico, garantindo uma resposta rápida e eficaz. Até o momento, não foram confirmados casos de influenza aviária no estado.
Rafael Gonçalves Dias, gerente de Saúde Animal da Adapar, tranquiliza os consumidores quanto ao consumo de carne de frango e ovos, afirmando que não há risco de contaminação. Mesmo que ocorram infecções em aves de subsistência ou comerciais, não há registro de transmissão da doença para humanos por meio do consumo desses produtos.
Dias ressalta que a detecção da doença em aves silvestres em dois estados do Sudeste não afeta o status do Brasil como país livre da doença perante a Organização Mundial de Saúde Animal. Isso significa que a produção e exportação de proteínas animais podem continuar normalmente.
O Paraná, maior produtor de proteínas animais do país, está atento aos focos da doença, especialmente em granjas industriais, para evitar danos comerciais. A Portaria nº 587, emitida pelo Ministério da Agricultura, facilita a mobilização de recursos e a implementação de ações necessárias para prevenir a propagação da doença.
É importante ressaltar que, em caso de suspeita da doença, aves doentes ou mortas não devem ser manipuladas. A população deve comunicar imediatamente o Serviço Veterinário Oficial ou utilizar a plataforma e-Sisbravet para notificar as autoridades competentes.