O Governo de São Paulo, juntamente com a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), divulgou uma parceria com a estatal sueca Swedfund que financiará um estudo de R$ 3 milhões acerca da produção de biogás e biometano com potencial de uso no estado.
O anúncio foi feito durante um evento virtual na presença do secretário da Pasta, Fernando Chucre, o representante da Embaixada da Suécia Brasil, Jonas Montpaz, o cônsul geral honorário da Suécia em São Paulo, Renato Pacheco, o CEO do Swedfund, Maria Hakansson, e Fredrik Bergström, CEO da WSP.
“O convênio traz oportunidades importantes para São Paulo, considerando nosso potencial de geração de energia, especialmente por conta dos resíduos da produção de etanol, açúcar, lodo das estações de tratamento de esgoto e também dos aterros. Falamos de um potencial superior 10 milhões m³ por dia de produção”, celebrou Fernando Chucre.
“Sabemos que temos uma parceria de interesse mútuo e estratégica. É uma honra fazer parte dessa jornada”, afirma Montpaz.
O acordo examinará a competência de produção de biocombustíveis a partir de aterros sanitários, lodo de esgoto e do setor sucroenergético (cana-de-açucar) em São Paulo, para então ponderar a viabilidade de determinadas aplicações, principalmente na mobilidade com automóveis pesados, visando à substituição do diesel.
Essa pesquisa deve ser concluída em nove meses e visa auxiliar para a descarbonização do transporte, com a substituição gradativa de combustíveis tradicionais como o diesel.
A análise que será produzida pelo WSP vai na direção da descarbonização da frota paulista e deve indicar o melhor caminho para a produção e utilização desses biocombustíveis em São Paulo.
No momento de implementação, depois da conclusão do estudo, a SIMA irá unir empenhos com as administrações públicas, empresas e indústria, para proporcionar gradualmente a substituição dos combustíveis tradicionais em ônibus, caminhões e transportes pesados.
“Trabalhamos em parceria com diversos países e estamos ansiosos para iniciar esse novo projeto que vai oferecer benefícios enormes para São Paulo”, relatou Fredrik.
Renato Pacheco, o CEO do Swedfund, também afirmou: “É um momento especial, temos a oportunidade de firmar um acordo, que foi trabalhado por vários anos. O Governo da Suécia vai investir alguns milhões no Estado em uma parceria fundamental para nós”.
As táticas e planejamentos de descarbonização fazem parte do Plano de Ação Climática (PAC) que vem sendo liderado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente e será explicado na COP27, que acontece em novembro, no Egito.
O Plano também visa implementar o Acordo de Paris e metas das metas das campanhas Race to Zero e Race to Resilience, lideradas pela ONU, que visam neutralizar as emissões dos Gases de Efeito Estufa (GEE) até 2050.
“Temos uma possibilidade muito grande de utilização desses insumos para substituição da nossa matriz, especialmente de óleo diesel nos transportes públicos. Ao longo dos próximos nove meses a gente espera poder viabilizar e implementar o projeto”, comentou Chucre.
“O grande objetivo do financiamento é apoiar e acelerar o desenvolvimento e a introdução do biogás no transporte de São Paulo. Esse estudo também beneficiará o clima, com a diminuição da emissão de CO2 e outros poluentes, além de beneficiar a economia local”, finalizou Hakansson.