Entre 30 de novembro e 12 de dezembro, Dubai receberá a Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU). Para discutir as contribuições do Brasil no evento, o Senado realizou uma sessão de debates sobre o tema nesta terça-feira (21).
Brasil apresentará meta de redução de 53% na emissão de gases do efeito estufa
A pedido da presidente da Comissão de Meio Ambiente, senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, e de outros senadores foi realizada uma sessão de debates no Plenário do Senado sobre os desafios e as propostas do Brasil para a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP28.
“Há décadas, cientistas de todo o planeta trazem alertas dos riscos associados às alterações intensas que a humanidade provoca aos sistemas naturais. Não será possível a vida humana neste planeta se não respeitarmos seus limites ecológicos. Segundo estimativa do IBGE, a safra de grãos, cereais e leguminosas deve ter uma queda de quase 3% no próximo ano devido às chuvas excessivas no Sul, ao calor no Centro-Oeste e à seca na Amazônia. Pesquisadores da Cemadem e do Inpe apontam que, pela primeira vez, o clima de deserto é identificado em nosso país”, diz Leila.
O assessor especial do ministro da Fazenda, Rafael Ramalho, anunciou que o Brasil vai se comprometer na COP28 com a redução, em relação aos dados de 2005, de 53% das emissões de gases estufa até 2030. Ele ainda apontou iniciativa do governo que envolve áreas ligadas ao meio ambiente, desenvolvimento, indústria e comércio, agricultura e pecuária, energia e mineração.
“O Ministério da Fazenda, sob a orientação do ministro Fernando Haddad, vem trabalhando no Plano de Transformação Ecológica, um conjunto de ações fundamentais pra, ao mesmo tempo, descarbonizar a economia brasileira e promover o crescimento econômico e o adensamento tecnológico do setor produtivo. Alguns resultados: a aprovação do projeto de lei que institui um mercado regulado de carbono no Brasil que agora está em tramitação na Câmara dos Deputados; a emissão dos títulos soberanos sustentáveis, totalizando dois bilhões de dólares captados vinculados a projetos verdes e sociais no Brasil”, pontua Rafael.
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Rafael Ramalho mencionou como desafios da Conferência o balanço geral do Acordo de Paris e o compromisso dos países ricos em auxiliar as nações em desenvolvimento no enfrentamento das mudanças climáticas. A Secretária Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, ressaltou dados do desmatamento no Brasil que serão levados para a COP 28.