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Peru e chester crescem 12%

Produção paranaense de aves especiais deve crescer entre 12% e 15% este ano, prevê avipar.

Redação AI 13/10/2003 – 09h15 – A avicultura do Paraná deve colocar nas prateleiras dos supermercados do País cerca de 30 mil toneladas de aves especiais – peru e chester – para atender à demanda sazonal criada pelas festas de final de ano e competir com a carne suína que também é bastante procurada nessa época. O volume de produção e oferta deve ficar entre 12% e 15% acima dos números de igual período do ano passado, calcula o presidente da Associação de Abatedouros e Produtores Avícolas do Paraná (Avipar), Domingos Martins.

O trabalho dos abatedouros para atender essa demanda, segundo Martins, começou entre junho e julho. O abate se intensificou em meados de setembro e, agora, as indústrias já estão distribuindo as aves congeladas para os centros atacadistas e supermercados.

Além do mercado interno, os produtores do Paraná atendem os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, e o nordeste do País, principalmente Bahia, Pernambuco e Maranhão.

Segundo Martins, o Paraná produz, mensalmente, cerca de 70 milhões de aves. Essa produção, que corresponde ao frango comum, não se altera com a proximidades das festas de final de ano. Em torno de 20% do total produzido ficam no Paraná, 60% vão para outros estados e os 20% restantes são exportados.

Os criadores de suínos não estão com o mesmo otimismo dos avicultores. Segundo o presidente da Associação Paranaense de Suinocultores, Irineu Wessler, a expectativa é a de que haja aumento do consumo – comum para a época -, mas a produção não deve crescer. Pelo contrário. A crise no setor, segundo ele, desestimulou os criadores. Os plantéis foram reduzidos e houve descarte de matrizes.

A associação ainda não tem números fechados, mas Wessler estima que houve redução de 15% a 18% no plantel de suínos do Estado. Quanto ao preço da carne – em torno de R$ 2,20 o quilo – ele acredita que deva se manter e até aumentar um pouco até o final do ano. Mas, a projeção, segundo ele, não chega a ser animadora, pois mesmo que se confirme, não reverte os prejuízos acumulados ao longo do ano. Hoje, o preço está bom, considerou Wessler, mas em contrapartida os custos de produção também estão subindo.