Um dos pratos mais esperados na ceia de Natal é o peru. Muita gente prefere comprar o bicho ainda vivo para preparar a receita favorita. E é esse mercado que garante renda extra para os produtores de Alagoas.
Em muitos municípios do Nordeste é comum a criação de perus em pequenas áreas. A dona Zerina e o filho são criadores bem conhecidos na pequena Igaci, no agreste de Alagoas. Atualmente, eles têm 20 animais. Engordam e vendem na época do Natal.
O agricultor José Orlando dos Santos, filho de dona Zerina, explicou a diferença entre o peru congelado, vendido nos mercados, e o peru criado no sítio. “No sítio, fica uma carne bem macia. A gente sente que está durinha, no ponto, e com uma gordura bem boinha”, disse.
O comércio de perus ainda vivos, as vésperas do Natal, tem ajudado a complementar a renda de fim de ano de várias famílias do Nordeste.
Os perus estão no ponto para serem vendidos quando ultrapassam os sete ou oito quilos. Eles custam entre R$ 40 e R$ 50 na região. O seu Luiz Simplício mora em Estrela de Alagoas, no município vizinho, e pela primeira vez usará a ave para ganhar um dinheirinho extra no fim de ano.
Os perus que não são vendidos na comunidade vão para as feiras livres. Quando chegam, fazem o maior sucesso. Tem gente da capital que viaja para comprar as aves no agreste.
Os perus criados em sítios podem dar um trabalhão na véspera do Natal, mas para muitas famílias vale pena.
“Eu compro por cerca de R$ 50 a R$ 60 e vende de R$ 80 a R$ 100. O lucro não é total por causa do transporte. Não tem como pagar mais ao produtor”, disse o comerciante Roberto Domingos da Silva.