No Paraná, a aquicultura, especialmente a criação de tilápia, desempenha um papel crucial, destacando o estado como líder na produção e exportação de pescado no Brasil. No ano passado, o Paraná contribuiu com 209 mil toneladas das 579 mil toneladas produzidas nacionalmente dessa espécie. Para expandir ainda mais essa atividade, a Unidade Mista de Pesquisa e Inovação (Umipi) do Oeste Paranaense conduziu uma pesquisa abrangente para identificar áreas ideais para o cultivo de peixes.
Segundo Marta Ummus, geógrafa e analista de Geoprocessamento da Embrapa Pesca e Aquicultura, o estudo utilizou imagens de satélite de média e alta resolução, além de consultas a produtores, pesquisadores, assistentes técnicos e consultores. O objetivo foi mapear variáveis ambientais, sociais e de infraestrutura que influenciam na localização das propriedades para piscicultura. Fatores como relevo, temperatura, qualidade hídrica do solo, proximidade a centros urbanos, institutos de pesquisa, redes de abastecimento e infraestrutura foram considerados para avaliar a viabilidade das áreas.
Bruno Aparecido da Silva, pesquisador do Biopark Educação e da Unioeste responsável pelo estudo da Umipi, destacou a importância do ordenamento territorial para o uso racional dos recursos naturais, minimizando os riscos climáticos. A pesquisa, realizada em colaboração com Embrapa, Biopark, Biopark Educação e Fundação Araucária, visa atender às demandas locais e explorar oportunidades de pesquisa na região Oeste do Paraná em diversas cadeias produtivas.
Carolina Trombini, gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Biopark Educação, enfatizou que a metodologia colaborativa adotada no estudo demonstrou eficiência e pode ser replicada em outros estados. O objetivo é impulsionar avanços na produção de proteína animal, essenciais para a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico regional.
Esse projeto visa fornecer diretrizes fundamentais para o avanço da piscicultura no Paraná, identificando as variáveis essenciais para o desenvolvimento da atividade e as áreas geográficas com potencial para expansão. Assim, o estado busca fortalecer um setor vital para sua economia e sustentabilidade futura.
Fonte: O Presente Rural