De acordo com um estudo realizado por acadêmicos do Instituto de Pesquisa e Tecnologia Agroalimentar (IRTA) da Catalunha, na Espanha, através do melhoramento genético suíno é possível criar animais resistentes às doenças da espécie.
Para o procedimento, foi utilizada uma população de porcos da raça Duroc, na qual 30 caracteres relacionados à saúde e características imunológicas foram estudados para determinar sua capacidade de seleção.
O trabalho realizado em colaboração com a empresa de melhoramento genético Selección Batallé teve como objetivo reduzir o uso de antibióticos na suinocultura localizando as propriedades hereditárias que permitem a obtenção de animais mais saudáveis.
Os especialistas identificaram 16 genes candidatos , com potencial imunológico médio-alto, que podem ser transferidos para as próximas linhagens de suínos para torná-los mais resistentes a diferentes patologias.
Do IRTA explicaram que geralmente o aspecto sanitário fica em segundo plano na escolha de um programa de melhoramento genético, porém é um fator que vem ganhando cada vez mais interesse no setor suíno.
Os resultados obtidos nesta pesquisa mostram que é possível criar esquemas de seleção que partam da otimização da imunocompetência suína, o que permitirá à suinocultura enfrentar os desafios impostos pela indústria e pelo atual consumidor.
Acrescentaram que as tendências apontam cada vez mais para a geração de alimentos com alto valor nutricional e desenvolvidos sob esquemas sustentáveis que promovam a saúde e o bem-estar animal.